A mesma fonte indicou que estão “notificados os ciclistas, o clube, a Federação Portuguesa de Ciclismo, a União Ciclista Internacional e a Agência Mundial Antidopagem”.

Os oito ciclistas, assim como os dois elementos do ‘staff’, estão suspensos preventivamente durante 120 dias, um período que pode ser prolongado “dada a complexidade do processo”.

Os 10 elementos da W52-FC Porto podem, no entanto, recorrer da suspensão, nomeadamente para o Tribunal Arbitral do Desporto.

No final de abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o diretor desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova Limpa’, a cargo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

A Ribeiro e Rodrigues foram então impostas as medidas de coação de proibição do exercício de funções como diretor desportivo e a obrigação de apresentações semanais às autoridades policiais, além da proibição de contactar os restantes arguidos.

“A operação policial, envolvendo um total de cerca de 120 elementos provenientes da Diretoria do Norte e ainda das Diretorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Vila Real e Guarda, contou ainda com a colaboração da ADoP (Autoridade Antidopagem de Portugal)”, detalhou a PJ, em 24 de abril.

A estrutura W52, ligada ao FC Porto há seis épocas, venceu as últimas nove edições da Volta a Portugal, mas os triunfos do seu corredor espanhol Raúl Alarcón, em 2017 e 2018, foram-lhe retirados também por “uso de métodos e/ou substâncias proibidas”.

Neste momento, a equipa encontra-se a competir no Grande Prémio do Douro Internacional, liderado pelo ‘dragão’ José Neves, que hoje ganhou a segunda etapa.