Depois do empate diante da Suíça, no primeiro jogo da fases de grupos, marcado por uma grande recuperação da seleção portuguesa durante a segunda parte, perante uma desvantagem de dois golos, algo inédito num Europeu feminino, Portugal tinha esta quarta-feira, diante dos Países Baixos, a campeã europeia em título, um jogo decisivo para o futuro da equipa na competição. E as pupilas de Francisco Neto entraram no encontro com o ímpeto exigido chegando ao golo logo aos cinco minutos. Ana Borges atirou para o fundo da baliza a passe de Jéssica Silva, mas a avançada do SL Benfica estava adianta no momento do passe. Foi uma questão de centímetros.
Apesar de o tento não ter contado, a equipa das Quinas dizia ao que vinha: para um embate frente a frente diante de uma das melhores seleções do mundo.
No entanto, a campeã europeia não demorou muito tempo a mostrar o porquê de ser a campeã em título e abriu o marcador aos sete minutos. Canto da esquerda, cabeceamento de Egurrola, golo.
As neerlandesas, mesmo sem a sua maior estrela, a avançada Vivianne Miedema, que falhou o encontro depois de ter testado positivo à Covid-19, assim como Jackie Groenen, estavam decididas a marcar passo e não fosse Inês Pereira, com uma grande defesa aos 10 minutos, Beerensteyn teria feito o segundo do encontro. No entanto, seis minutos depois a guarda-redes portuguesa foi impotente perante um cabeceamento, em mais um canto, de S. van der Gragt.
Cedo e a perder por dois golos, tal como aconteceu no encontro com a Suíça, Portugal não se deixou ficar, sobreviveu aos lances perigosos dos Países Baixos e cresceu no jogo. O grande balão de ar para a melhoria de rendimento portuguesa veio aos 38 minutos. Grande penalidade assinalada depois de falta de Janssen sobre Diana Silva e, na sequência da marcação da linha de 11 metros, Carole Costa reduziu o marcador para 2-1.
Na segunda parte, a seleção das Quinas entrou a todo o gás. Depois de uma cabeçada perigosa de Tatiana, que passou perto da barra, Diana Silva respondeu da melhor forma, com a cabeça, a um cruzamento de Carole Costa e repôs a igualdade na partida.
Numa reação imediata que nem deu a Portugal tempo para absorver o empate, Beerensteyn fez o 3-2, mas o golo seria anulado por fora de jogo. No entanto, numa altura em que o encontro estava muito disputado, Van de Donk com um belo remate colocado à entrada da grande área marcou o golo que daria a vitória aos Países Baixos.
Se nos últimos embates entre as duas formações, no apuramento para o Mundial de 2015, disputado no Canadá, Portugal foi goleado em casa pelas neerlandesas por 7-0, e em 26 de outubro de 2013, e, um ano depois, em 13 de setembro de 2014, perdeu fora por 3-2, culpa de um ‘hat-trick’ de Vivianne Miedema, Portugal hoje mostrou-se capaz de se bater, olhos nos olhos, com uma das melhores seleções femininas da atualidade.
No entanto, as possibilidades de a seleção das Quinas seguirem para a fase a eliminar deste Euro passam a ser muito diminutas, ficam obrigada a derrotar a seleção da Suécia, a segunda classificada do ranking da FIFA.
Na classificação, os Países Baixos e a Suécia, que venceu hoje a Suíça por 2-1 e no domingo defronta Portugal, somam quatro pontos, contra um das portuguesas e das helvéticas. Os dois primeiros seguem para os quartos de final.
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