Fonte oficial da PSP do Porto avançou à agência Lusa que a operação policial fez 13 arguidos, além da apreensão de “milhares de bilhetes”, enquanto ainda estão a ser contabilizadas as quantias monetárias apreendidas.
A operação que investiga a transação de bilhetes para jogos do FC Porto vendidos no mercado ‘negro’ está a ser levada a cabo por “algumas dezenas de agentes”, da investigação criminal, da unidade especial da polícia, equipas de intervenção rápida e outras valências, acrescentou a mesma fonte policial.
O Ministério Público (MP) suspeita de “conluio” entre funcionários ligados ao FC Porto e uma empresa associada e membros dos Super Dragões na aquisição de bilhetes para jogos de futebol depois vendidos no ‘mercado negro’, levando a buscas hoje realizadas.
“De toda a prova reunida até ao momento e devidamente documentada não existem dúvidas de que são várias as pessoas com lucros consideráveis referente à venda irregular de bilhetes, o que lesa claramente o FC Porto, e o Estado, o que é ‘conhecido e aceite’ no seio do clube como moeda de troca pelo apoio da claque”, pode ler-se nos mandados de busca e no inquérito a que a Lusa teve hoje acesso.
A Porto Comercial, sociedade pertencente ao universo empresarial do FC Porto, e a loja do associado do clube começaram esta manhã a ser alvo de buscas no Estádio do Dragão.
“O FC Porto informa que estão a decorrer buscas numa das [sociedades] participadas do Grupo, a Porto Comercial, e na loja do Associado no Estádio do Dragão, e desde já se compromete a prestar todo e qualquer apoio às autoridades no desenrolar das suas diligências”, indicou a recém-empossada direção de André Villas-Boas, em comunicado.
As buscas acontecem horas antes de o FC Porto, terceiro classificado da I Liga, com 66 pontos, receber o ‘vizinho’ Boavista, 14.º, com 31, a partir das 20:30, no dérbi portuense da 33.ª e penúltima ronda, sob arbitragem de Artur Soares Dias, da associação do Porto.
Fonte da PSP referiu que as buscas servem para dar “cumprimento a vários mandados judiciais” e estão a ser feitas “com o apoio de diversas valências policiais”.
A Operação Pretoriano investiga os incidentes ocorridos na Assembleia Geral (AG) do FC Porto, em 13 de novembro de 2023, sustentando o Ministério Público que a claque Super Dragões pretendeu “criar um clima de intimidação e medo”, para que fosse aprovada a revisão estatutária “do interesse” da então direção ‘azul e branca’, liderada por Pinto da Costa.
Em 31 de janeiro deste ano, a PSP deteve 12 pessoas - incluindo dois funcionários do FC Porto e o líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, que continua em prisão preventiva, juntamente com Hugo Carneiro.
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