
“Senti que estava um pouco encurralada. Assim que conseguisse desbloquear, talvez conseguisse ultrapassar. Foi uma questão de manter a calma até ao fim”, explicou à agência Lusa, após terminar a sua série em terceiro lugar, com o tempo de 2.04,20.
Durante a prova, duas atletas — a norte-americana Nia Akins e a queniana Lilian Odira — caíram, mas a portuguesa conseguiu manter-se entre as quatro primeiras, apesar de ter ficado encurralada na pista interior, rodeada pelas demais competidoras.
“Como estava fechada não conseguia passar. Se falasse com a Patrícia de há duas semanas, se calhar não conseguiria gerir, porque ficaria muito nervosa e ansiosa por sair, optando por movimentos impulsivos”, apontou. “Foi acreditar até ao fim”, disse.
A atleta chegou a Nanjing com a “mentalidade de que todas as provas são uma final” e nas eliminatórias, na sexta-feira, esteve em penúltimo lugar durante a maior parte da prova, mas arrancou nos últimos 200 metros, ultrapassando as rivais de Itália, Uganda, Etiópia e Quénia, antes de cortar a meta.
“Eu acreditei e amanhã [domingo] acreditarei também”, apontou. “Tenho trabalhado imenso. Na verdade, isto é daqueles sonhos em que nós estamos meio acordados”, afirmou.
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