“Acontece pela primeira vez na história do futebol profissional português. É algo que, não escondo, me enche de orgulho, mas de enorme responsabilidade, sem margem para vaidade ou arrogância”, disse o dirigente, na apresentação do projeto, no Porto.
Pedro Proença confessou que recebeu “nos últimos meses vários apelos para a continuidade do trabalho desenvolvido” nos últimos oito anos, nos dois mandatos realizados, mas assumiu que este terceiro será “a hora da afirmação do futebol profissional”.
“Os desafios que temos pela frente não se compadecem com aventureirismos. Não quero com isso dizer que não existam outras pessoas capazes de desempenhar esta função, mas a complexidade dos desafios que temos pela frente exige uma liderança conhecedora de todas as matérias com impacto na sustentabilidade e competitividade da nossa indústria”, afirmou.
Ainda assim, o líder da LPFP afirmou que este será o seu último mandato à frente da instituição e que vai propor uma mudança nos estatutos para a limitação do número de anos que um presidente se pode manter no cargo.
“Este será o meu último mandato na presidência da Liga. Neste quadriénio, um dos nossos principais objetivos será o de reformular os estatutos e neles incluir o tema da limitação de mandatos. Porque nenhum poder, por mais escrutinado, bem-sucedido ou elogiado que seja, se deve eternizar”, partilhou.
Para este último quadriénio na liderança da prova, Pedro Proença elegeu sete vetores para a sua ação, defendendo “o adepto como eixo central do espetáculo desportivo, a valorização e capacitação dos agentes desportivos e das competições, a LPFP como elemento central de crescimento do futebol profissional em Portugal, a internacionalização da marca Liga Portugal, a centralização dos direitos audiovisuais e a diminuição dos custos de contexto do futebol profissional”.
“A LPFP é cada vez mais respeitada por todos os parceiros. Exportamos alguns dos melhores jogadores e treinadores mundiais, e assumimos o repto de consolidar a nossa notoriedade e liderar na discussão de matérias com real impacto na indústria”, revelou Pedro Proença.
O líder e candidato disse ser “legítimo e vital aspirar à recuperação do sexto posto do ranking da UEFA para bem da sustentabilidade do futebol português” e abordou o grande desafio da centralização dos direitos audiovisuais, que irá avançar neste seu final mandato.
“O futebol compete numa indústria de entretenimento, com múltiplas plataformas de acesso e difusão de conteúdos e tem de se adaptar a esta nova realidade e ir ao encontro daquelas que são as expectativas dos adeptos, direcionando todas as decisões que a indústria tem de tomar em função destes”, apontou.
Nas 120 medidas que fazem parte do seu programa eleitoral, Pedro Proença defendeu, ainda, “preços mais atrativos nos bilhetes, com um fundamental do IVA”, uma “luta para erradicar todos os comportamentos violentos dos recintos desportivos” e a insistência por “um enquadramento fiscal mais justo e competitivo”.
O dirigente prometeu, ainda, uma revisão dos regulamentos, nomeadamente no capítulo do “audiovisual e do controlo económico”, considerando que “receitas provenientes desta nova realidade [centralização dos direitos] devem ser canalizadas para os verdadeiros fatores de competitividade, de forma regulada, controlada e monitorizada”, concluiu.
Pedro Proença é o único candidato assumido para as eleições da LPFP, que estão agendadas para 1 junho, a partir das 14:30, na sede do organismo, no Porto.
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