“A competição, na qual Portugal terá quatro estreantes, marca o início do ciclo olímpico para Paris, que só terá uma duração de três anos, e para o qual queremos apostar em jovens ginastas”, afirmou André Nogueira, Diretor Técnico Nacional (DTN) para a ginástica artística à agência Lusa.
André Nogueira acredita que a competição, que esteve prevista para Copenhaga, mas acabou por ser transferida para Kitakyushu, devido à pandemia de covid-19, “vai ser uma boa experiência” para todos os ginastas portugueses e admite que Filipa Martins “pode chegar às finais de ‘all-around’ (concurso completo) e de paralelas”.
“Nos Jogos Tóquio2020 ficou muito próxima da final de paralelas e teve o melhor resultado de sempre no concurso completo [37.º lugar], creio que no Mundial podemos ambicionar um pouco mais”, disse.
A Filipa Martins e Bernardo Almeida, que já marcaram presença em Mundiais, juntam-se os estreantes Maria João Mendes, Rafaela Ferreira, José Nogueira e Guilherme Campos, alguns deles em busca do estatuto de alto rendimento.
“Acreditamos que são ginastas especiais, alguns muito jovens, estamos a pensar nos Jogos de Paris2024, onde queremos melhorar a nossa participação”, afirmou André Nogueira, lembrando que os critérios de qualificação para a competição olímpica ainda não estão definidos.
O DTN admite que o facto de a competição, que decorre entre segunda-feira e dia 24 de outubro, se realizar poucos meses depois dos Jogos Olímpicos, adiados de 2020 para 2021 devido à pandemia de covid-19, pode motivar a ausência de alguns atletas.
“A verdade é que o Mundial sempre esteve previsto para estas datas, os Jogos é que mudaram”, referiu, considerando essencial “começar já a trabalhar no próximo ciclo olímpico, que é mais curto e desafiante”.
Nos Mundiais de ginástica artística, as atletas femininas competem em quatro aparelhos: paralelas assimétricas, salto, solo e trave. Na variante masculina, a competição tem seis aparelhos: solo, cavalo com arções, argolas, saltos, paralelas e barra fixa.
Os 24 melhores do conjunto dos aparelhos, no máximo de dois por país, garantem presença no concurso completo, que, ao contrário do que sucede nos Jogos Olímpicos, é disputado apenas na vertente individual.
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