Paul Clement
Com apenas duas vitórias e seis derrotas, sendo que das seis, quatro foram nos últimos cinco jogos, o treinador inglês tem muitas razões para não conseguir dormir. Paul Clement assinou pelo clube do País de Gales a 3 de janeiro de 2016. Numa época que viu quatro treinadores orientarem jogos dos Cisnes, o treinador inglês acabou a temporada em grande forma, o que lhe valeu um décimo quinto lugar. Todavia, quando tudo apontava para que a equipa desse continuidade aos bons resultados e fizesse uma época positiva, o que está a acontecer é o exato oposto, com os galeses a ocuparem a 17.ª posição da Premier League.
Uma das principais razões para o sucedido parece ter sido o complicado fecho de mercado de transferências. Com as saídas de Fernando Llorente e Gylfi Sigurdsson nos últimos dias de agosto, a época de Clement e do Swansea parece ter ficado sentenciada. Principalmente quando a dupla apontou, em conjunto, mais de 50% dos golos da equipa na época transata. Sendo, dos cinco treinadores apresentados nesta lista, o que está pior classificado, Paul Clement acaba por ser o mais provável treinador a ser a quarta vítima da época na Premier League.
Slaven Bilic
O croata, que veio substituir Sam Allardyce em 2015, foi trazido para o clube para mudar a cultura de jogo dos Hammers. E foi mesmo isso que fez. Com um excelente futebol, principalmente no primeiro ano, Bilic conseguiu colocar a equipa de Londres num excelente sétimo lugar. Contudo, após o promissor começo, a equipa tem sentido dificuldades. E a razão principal parece ser a mudança para o estádio Olímpico londrino. Com o objetivo de evoluir e gerar mais lucro, o West Ham mudou-se de malas e bagagens para o estádio que serviu de casa aos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. E o que "sofre" com isso são os resultados caseiros do Hammers, que têm deixado um sabor amargo na boca dos adeptos. Por isto, o mau começo de época, semelhante ao da época passada, parece deixar prever que o lugar de Bilic poderá estar em causa.
E com Javier Hernandez, Marko Arnautovic, Joe Hart e Pablo Zabaleta como aquisições principais para esta temporada, a pressão tornou-se ainda maior. Não se consegue vislumbrar uma mudança radical nos resultados da equipa e um novo treinador poderá ser mesmo a solução mais óbvia. Com jogos frente a Watford, Leicester, Everton e Liverpool, o mês de novembro será decisivo para os Hammers e o seu treinador. A par de Paul Clement, Slaven Bilic parece ser um dos principais candidatos a a quarta "chicotada psicológica" da época 2017/18 na Premier League.
Mark Hughes
O Stoke é um caso interessante de analisar. Jogando durante anos um futebol pragmático — o clássico ‘kick and rush’ —, os Potters foram fazendo campanhas interessantes. Com a chegada de Mark Hughes, em três épocas o treinador terminou sempre na primeira metade da tabela, tendo tanto a equipa como os adeptos a seu lado. Na temporada passada, contudo, Hughes e o Stoke decidiram alterar o seu tipo de jogo. Porém, com a contratação de jogadores tecnicamente mais evoluídos e apresentando um estilo de futebol mais atrativo, a equipa acabou por terminar a época num desapontaste décimo-terceiro lugar. E se a época passada não correu de feição, o mesmo se poderá dizer da presente.
Tal como os anteriores treinadores anteriormente referidos, o mês de novembro poderá ser decisivo para o futuro do técnico no clube. Sem estar numa posição crítica na tabela, o problema, tal como com Bilic e o West Ham, é esta ser a segunda temporada seguida em que a equipa parece não corresponder à exigência dos adeptos — e às suas expectativas após um período de transferências igualmente ocupado —, o que faz de Hughes um dos nomes na porta mais próximos da porta de saída da principal competição inglesa.
Antonio Conte
Quem diria que o técnico campeão em título estaria nesta lista, tão cedo na época e na sua carreira ao serviço do clube londrino. Para os mais esquecidos, importa lembrar que a pré-época e mercado de transferências não correu da melhor forma para os Blues. Um desentendimento entre Roman Abramovich e Antonio Conte sobre que idade deveriam ter os reforços para a equipa deu sinais que algo poderia correr mal muito cedo na época.
Entre algumas lesões e um calendário muito mais ocupado que na época passada — recorde-se que, ao contrário do ano anterior, o Chelsea este ano participa na Liga dos Campeões —, Antonio Conte tem tido uma época muito atribulada. As duas derrotas seguidas, com Manchester City e Crystal Palace, colocaram pressão na equipa que, apesar de ter reagido bem nos três jogos seguintes, não foi agora capaz de capitalizar essa reviravolta no muito importante jogo contra a Roma, a contar para a Liga dos Campeões.
Com jogadores a questionar o regime de treinos do italiano, algo que soa desculpa para o facto de não estarem a ganhar de forma consistente, o mais provável será, caso as coisas não mudem radicalmente que Conte se torne mais uma vítima às mãos do magnata russo que é dono dos Blues.
Jurgen Klopp
De todos os treinadores nesta lista, Klopp parece ser o que tem menor probabilidade de ser despedido. Não porque esteja a fazer uma excelente campanha — os Reds ocupam o 6.º lugar da tabela, já a 12 pontos do Manchester City quando decorreram apenas 10 jornadas —, mas porque a pressão em Liverpool é muito menor que noutros clubes ingleses. Com quatro vitórias, quatro empates e duas derrotas para a Premier League, Klopp terá que fazer muito mais com os jogadores que tem à disposição se quiser colocar o gigante do futebol inglês na rota das conquistas que o tornaram no segundo clube inglês com mais campeonatos.
O mês de novembro traz dois jogos que, teoricamente, são de vitória obrigatória (West Ham e Southampton), mas depois segue-se um embate entre Liverpool e Chelsea. Será esse resultado fulcral para algum dos técnicos envolvidos? Provavelmente não, pelo menos para o alemão. Ainda assim, o futebol (e a Premier League em particular) são imprevisíveis.
Tanto a campanha na Liga dos Campeões, que tem corrido bem a Klopp e companhia, como a janela de transferências em janeiro poderão ser muito importantes para o técnico ex-Borussia Dortmund e o seu futuro aos comandos dos vermelhos de Liverpool.
Esta semana na Premier League…
O ‘Super Sunday’ está de volta e dois embates de sonho vão ocupar a nossa tarde de Domingo. Com muitos adeptos e analistas a ‘lançar para o ar’ que este Manchester City poderá igualar o feito dos ‘Invencíveis’ de Arsène Wenger (que em 2002 venceu o campeonato sem qualquer derrota), todos os jogos dos Citizens começam a ser um evento. A disponibilidade física, técnica e tática dos pupilos de Pep Guardiola tem sido impressionante e os resultados estão aí para o provar. Veremos se "este" Arsenal, que é capaz do melhor e do pior como nos tem provado ao longo dos últimos anos, será desafio suficiente para os Citizens.
E como se um clássico não bastasse, temos outro. O Manchester United visita o terreno do Chelsea e José Mourinho tudo fará para ter a oportunidade de encurtar a distância para o primeiro e até colocar pressão adicional em Antonio Conte e Roman Abramovich.
Pedro Carreira é um jovem treinador de futebol que escolheu a terra de sua majestade, Sir. Bobby Robson, para desenvolver as suas qualidades como treinador. Tendo feito toda a sua formação em Inglaterra, passou por clubes como o MK Dons e o Luton Town, e também pela Federação Inglesa, o seu sonho é um dia poder vir a treinar na melhor liga do mundo, a Premier League. Até lá, pode sempre acompanhar as suas crónicas, todas as sextas, aqui, no SAPO 24. E não se esqueça que poderá sempre juntar-se à nossa liga SAPO 24 na Fantasy Premier League. O código de acesso é o 3046190-707247.
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