No regresso do público a Moreira de Cónegos 17 meses depois, com 33% da lotação, devido à pandemia de covid-19, os golos do brasileiro Lucas Veríssimo, aos oito minutos, e do alemão Luca Waldschmidt, aos 19, adiantaram os ‘encarnados’ no marcador.
Os minhotos reagiram com um tento inesperado do brasileiro Rafael Martins à meia hora, e galvanizaram-se a partir da expulsão de Diogo Gonçalves, aos 56 minutos, sem terem conseguido manter a invencibilidade caseira frente aos ‘grandes’ realçada em 2020/21.
Enquanto o Moreirense acompanha Arouca e Vizela no lote de equipas sem pontos, o Benfica juntou-se a Sporting e Estoril Praia no trio de líderes da I Liga, todos com três, a meio da eliminatória com os russos do Spartak Moscovo para a Liga dos Campeões.
A três dias do reencontro com a equipa de Rui Vitória, Jorge Jesus poupou figuras como Pizzi, Rafa, Julian Weigl ou Grimaldo e abriu espaço a cinco mexidas no ‘onze’, entre as quais o estreante Soualiho Meité, face às ausências forçadas de João Mário e Seferovic.
Inalterado permaneceu o desenho tático com três centrais, estratégia replicada por João Henriques, que trocou três unidades relativamente à eliminação em Penafiel da Taça da Liga, garantindo o regresso competitivo de Mateus Pasinato mais de três meses depois.
O guarda-redes brasileiro foi solicitado logo aos oito minutos, quando afastou com aperto uma investida de Gonçalo Ramos pela esquerda, mas nada pôde fazer na sequência do canto de Everton, com Lucas Veríssimo a impor-se à confusão e cabecear para o golo.
O Benfica chegava ao golo na primeira aproximação à área e voltou a carregar três minutos depois, com Adel Taarabt a isolar Luca Waldschmidt, que acabou travado por Artur Jorge a caminho da área, levando o árbitro Vítor Ferreira a mostrar de imediato o cartão vermelho, numa decisão que seria revertida com recurso ao videoárbitro (VAR).
Os anfitriões tremiam quando eram remetidos para a sua retaguarda e voltaram a expor debilidades aos 19 minutos, com Lucas Veríssimo a descobrir Diogo Gonçalves, que cruzou rasteiro a partir do flanco direito e beneficiou de uma interceção errada de Lazar Rosic na área, deixando a bola à mercê de uma finalização simples de Waldschmidt.
A vantagem alargada do Benfica contribuiu para suavizar um arranque frenético, mas o jogo reabriu com surpresa à meia hora, graças a uma abertura de Yan na direita para Rafael Martins, que driblou uma saída hesitante de Vlachodimos e atirou a contar.
O Moreirense animou-se e Abdoulaye deu trabalho ao ‘guardião’ grego cinco minutos depois, antes de os ‘encarnados’ terem reassumido o controlo das operações e visto um 'disparo' cruzado de Gonçalo Ramos ser desviado por Pasinato para a barra, aos 40.
Disposto a manter a toada com que concluiu a primeira etapa, o Benfica foi apanhado de novo desprevenido aos 56 minutos, pois Vítor Ferreira, após consultar o VAR, trocou de amarelo para vermelho a cor do cartão a Diogo Gonçalves por falta sobre Abdu Conté.
João Henriques e Jorge Jesus foram mexendo à medida das suas necessidades e a partida resvalou até ao apito final para abordagens mais ansiosas que vistosas, que só Rúben Ismael tentou contrariar aos 68 minutos, num pontapé sustido por Vlachodimos.
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