Segundo um documento a que a EFE teve acesso, o reinício dos treinos e o regresso das competições oficiais estará sempre sujeito a uma “condição inevitável”: a evolução favorável da pandemia, com o governo a ter um papel crucial para decidir sobre a retoma.

A retoma da atividade desportiva será realizada em quatro fases, com a primeira a destinar-se ao treino individual, já nos centros de treinos dos clubes, depois de os serviços médicos examinarem os atletas e de serem conhecidos os resultados, sendo que todos aqueles que acusarem positivo à doença, mesmo assintomáticos, não vão poder recomeçar.

A segunda fase diz respeito ao treino moderado, que já inclui sessões de treino conjuntas em pequenos grupos e com turnos, mas, no caso dos desportos coletivos, o treinador e a restante equipa técnica têm de usar luvas, máscara e manter uma distância mínima de dois metros.

Além disso, a presença da comunicação social nas áreas de treino não será permitida, as medidas de acesso aos centros de treino serão reforçadas e o protocolo médico e sanitário será mantido, enquanto os serviços de fisioterapia serão limitados ao essencial.

A pré-competição será a terceira fase, em que o trabalho tático nos treinos pode intensificar-se, mas os grupos estão restritos a 14 pessoas e por turnos, com toda a equipa técnica a manter os equipamentos de proteção.

As fases um, dois e três vão durar, no mínimo, três a quatro semanas.

A competição será a quarta e última fase, que chegará quando as autoridades de saúde e os respetivos desportos decidirem. A regra geral é que todas as competições vão ser realizadas à porta fechada e encurtadas, com o período mínimo entre o final da fase três e o início das competições a ser de uma semana.

Portugal juntou-se a Alemanha, Inglaterra, Espanha e Itália entre os países que ensaiam o regresso dos campeonatos nacionais de futebol, ao contrário do ocorrido em França e nos Países Baixos, que cancelaram as competições.