O ator canadiano Ryan Reynolds e os proprietários do AC Milan, a RedBird Capital Partners, estão entre os investidores que adquiriram uma participação na equipa Alpine de Fórmula 1, um investimento que avalia o grupo em 900 milhões de dólares (826 milhões de euros).

A notícia é avançada pelo jornal britânico Financial Times, que recorda que este já não é o primeiro investimento do ator fora de Hollywood, tendo em conta que adquiriu com o ator Rob McElhenney o clube de futebol do País de Gales, Wrexham, em 2020.

O jornal avança ainda que McElhenney, o ator Michael B. Jordan e Ryan Reynolds terão investido cerca de 200 milhões de dólares (184 milhões de euros) na Alpine, juntamente com a empresa americana Otro Capital e a RedBird, de acordo com um comunicado da Alpine.

Segundo o Financial Times, os novos investidores terão, em conjunto, uma participação acionista de 24%.

Este investimento acontece dois anos depois da Renault reabilitar a sua equipa como Alpine e também delinear planos para reiniciar a sua marca de carros desportivos com o mesmo nome. Esta ação marcou não apenas uma tentativa de levar a operação da Fórmula 1 para o novo patamar, mas também um esforço da empresa francesa para deixar para trás anos de escândalos e contratempos.

Sob o comando do presidente-executivo Luca de Meo, que assumiu o cargo de CEO em meados de 2020, o grupo Renault voltou a lucrar após um período marcado pela prisão do antigo líder Carlos Ghosn.

A Renault procura agora melhorar a rentabilidade de algumas das suas marcas, enquanto de Meo também tem procurado dar mais protagonismo à equipa de corrida e tenta empurrá-la de volta ao pódio, depois de muitos anos sem vitórias. Em 2022, a Alpine terminou em quarto lugar no campeonato mundial de construtores, atrás da Red Bull, Ferrari e Mercedes.

A Renault lançou ainda novos objetivos para a Alpine, que deverá passar a ter uma linha de modelos elétricos a partir de 2024. Além disso, a marca, relançada em 2017 com o coupé desportivo A110, pretende atingir 2 mil milhões de euros de receita em 2026, antes de atingir 8 mil milhões de euros em 2030.