O recinto dos bracarenses vai acolher pelo terceiro ano consecutivo, e último, a 'final four' da Taça da Liga, em janeiro do próximo ano.

"Entrar na fase de grupos da Liga Europa era o objetivo mais imediato, mas há outros grandes objetivos para alcançar, nomeadamente no campeonato e uma Taça da Liga que vai ser o último ano que vamos ter em nossa casa. Infelizmente, não conseguimos nos últimos dois anos chegar à final e obviamente que vamos apostar tudo para poder dar uma alegria à nossa cidade e aos nossos adeptos, conquistando essa taça", disse António Salvador, à margem de uma cerimónia pública.

Os minhotos ocupam a 13.ª posição no campeonato, com quatro pontos, e o dirigente espera "dar um salto" na tabela classificativa nas próximas jornadas.

"Sabíamos que íamos ter um arranque muito difícil no campeonato, além dos jogos contra duas grandes equipas para entrar na fase de grupos da Liga Europa, foi um início tremendo, jogos de três em três dias, oito em 24 dias. Mas não é à quarta jornada que vamos fazer balanços, espero que nas próximas jornadas possamos dar um salto [na tabela]. Temos um plantel com muita qualidade e uma equipa técnica muito competente e estamos preparados", disse.

Questionado sobre se concorda com o presidente da Liga espanhola de futebol, Javier Tebas, que, na quinta-feira, em Portugal, à margem da Soccerex Europe, defendeu a necessidade de o governo português, à semelhança de outros na Europa, intervir e impor a centralização dos direitos televisivos, António Salvador disse que esse "é um assunto relevante, mas muito difícil de alterar" neste momento.

"Em Espanha, o governo interveio, mas o 'timing' passou. Tomara todos termos mais receitas. Devia ter sido uma preocupação da Liga e dos responsáveis governamentais antes de todos estes contratos que se fizeram recentemente, não o fizeram e acho muito difícil agora. É um assunto que é relevante, mas não tem pernas para andar neste momento. É mau para Portugal, mas há que esperar", disse.

António Salvador rejeitou ainda o que denominou de "vitimização" que o Benfica fez sobre o processo dos bilhetes do último jogo com os bracarenses, no domingo, da quarta jornada da I Liga (vitória do Benfica por 4-0).

"O Benfica não pode exigir que os outros façam aquilo que eles não fazem na casa deles, os preços que o Braga praticou são os que o Benfica pratica em sua casa. Depois, o Sporting de Braga propôs uma permuta de 1.500 bilhetes, os cinco por cento da lotação do estádio, a 10 euros com o mesmo preço em Lisboa e o Benfica rejeitou isso", disse.

António Salvador falava à margem da apresentação do "Ritual do Guerreiro", uma iniciativa conjunta da Associação Comercial de Braga (ACB), Sporting de Braga e Central de Cervejas (CC) que visa o "reforço da cumplicidade dos bracarenses com o seu clube", como explicou o presidente da ACB, Macedo Barbosa.

Através do consumo dos produtos da CC nos jogos em casa e fora do campeonato, nos 49 estabelecimentos aderentes, os adeptos habilitam-se a prémios, nomeadamente bilhetes para jogos do Sporting de Braga e produtos de merchandising.

António Salvador frisou que a parceria hoje firmada é mais uma no sentido da vontade de uma "aproximação e uma ligação mais forte do clube com a cidade".