Nas primeiras declarações de Roger Schmidt na nova temporada, após conquistar na derradeira época o título nacional, o 38.º da história das ‘águias’, o alemão avaliou os reforços anunciados: o checo David Jurásek, o turco Orkun Kökçü e o argentino Ángel Di María.
“O Orkun [Kökçü] já tentávamos há algum tempo, especialmente desde que perdemos o Enzo [Fernández]. Não foi possível vir em janeiro, mas estou feliz por ter decidido vir agora para o Benfica. Acho que é um passo perfeito para ele e mostrou na pré-época a sua qualidade, especialmente a ler o jogo, a liderar a equipa em posse de bola, a fazer boas decisões e sendo flexível. Dá-nos mais opções”, começou por analisar o treinador.
Por outro lado, David Jurásek “tem um perfil diferente de Grimaldo”, que assinou pelos alemães do Bayer Leverkusen e “era um jogador-chave” nos ‘encarnados’, tendo sido “o melhor jogador disponível no mercado” e um “passo muito bom” para ele, que adotou uma postura “sempre muito positiva e está muito motivado nos treinos” na pré-época.
“Ángel Di María decidiu regressar ao clube onde cresceu e isso é muito especial. Tinha várias opções e escolheu o Benfica. Já sabíamos que era um jogador fora do comum, mas a forma como se integrou, a diversão que tem a jogar futebol, a sua motivação em trabalhar forte e estar nas melhores condições são um grande trunfo para o Benfica e estou muito entusiasmado com isso”, expressou, relativamente ao avançado argentino.
Desta forma, Roger Schmidt salientou estar “muito feliz com o mercado”, realçando os regressos por empréstimo de João Victor, Tomás Araújo e Tiago Gouveia, que integram os trabalhos de pré-época e poderão permanecer no plantel dos campeões nacionais.
Por outro lado, o técnico não tem garantias da continuidade de Gonçalo Ramos, pois tem sido associado a diversos clubes europeus: “Ainda há pontos de interrogação, mas, se pudesse escolher, claro que o queria manter. Tenho de ser realista e estar preparado para o substituir, no caso de vir a sair. Não existem garantias até o mercado encerrar”.
“Vendemos um jogador em janeiro por 120 milhões de euros. Comprámos alguns e tivemos de gastar dinheiro de maneira inteligente. É um bom balanço e tem sido uma boa janela de transferências para o Benfica. Por agora, estou muito contente”, frisou.
Roger Schmidt elencou ainda os principais objetivos para a época, que “são claros” e não ‘fogem’ ao que tem sido habitual: “Jogar um futebol muito bom e atacante, que os benfiquistas gostem de ir ao estádio e vencer troféus. Estamos completamente focados em prepararmo-nos para a época e em dar o nosso melhor em todas as competições”.
Na comunicação social, tem sido veiculada a importância que o Benfica tem dado ao reforço da posição de guarda-redes, mas Roger Schmidt considerou que o clube da Luz não está “sob pressão” para contratar outro jogador para a baliza, rejeitando também o interesse num possível retorno do internacional português João Félix aos lisboetas.
“Para ser honesto, não é muito realista. O Benfica vendeu um jogador jovem por 120 milhões de euros e regressa ao fim de dois ou três anos? Não penso que seja possível. O João Félix é um jogador fantástico, o desenvolvimento dele nos últimos anos pode não ter sido como as pessoas esperavam, mas neste momento não é um tópico”, disse.
O Benfica defronta no domingo o Feyenoord, no último teste antes da primeira partida oficial, na Supertaça Cândido de Oliveira, frente ao FC Porto, com o treinador à espera de “um jogo difícil”, pois os neerlandeses “jogam com intensidade e agressividade”, o que ajuda nesta fase “muito importante da época em termos físicos, táticos e mentais”.
O duelo com os ‘dragões’ está aprazado para o dia 9 de agosto, a partir das 20:45, no Estádio Municipal de Aveiro, que antecede o início da I Liga, no qual o Benfica ‘encerra’ a primeira ronda com uma visita ao Boavista, no Estádio do Bessa, no Porto, no dia 14.
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