Em declarações à agência Lusa, o também Comandante Operacional de Operações de Socorro (CODIS) do distrito do Porto sublinhou que os 410 homens de quatro distritos destacados para esta operação “têm como principal missão a segurança dos participantes”.

Mas, num fim de semana de risco elevado de incêndio, essa é “outra das preocupações principais”.

“Num fim de semana destes, o maior potencial de risco são os incêndios”, sublinhou Carlos Alves.

“Em 2015, um incêndio numa zona florestal de Ponte de Lima obrigou mesmo ao cancelamento de um dos troços da prova”, recordou o CODIS do Porto, que nesta sétima prova do Campeonato do Mundo coordena o dispositivo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).

O posto de comando está instalado no parque de feiras da Exponor, centro nevrálgico do rali, no primeiro andar do edifício, num conjunto de salas criadas para o efeito. A primeira alberga a direção de prova e a cronometragem. Ao lado, está instalado o comando do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), antes da sala onde está instalado o posto de comando da segurança.

Com algumas especiais desenhadas próximo de aglomerados populacionais, é preciso “salvaguardar, também, o apoio a essas populações”, explica Carlos Alves.

“Por isso, criámos um dispositivo mais pequeno para cada situação em que uma aldeia fique isolada pelo percurso, com meios de socorro ligados à saúde e ao combate de incêndios”, frisa.

Na prova deste ano, há duas situações dessas. Uma delas em Arganil e outra na serra do Marão. “Até hoje, nunca tivemos de acionar os meios”, acrescenta.

Outro dos pontos que requer mais atenção dos elementos da Proteção Civil (sobretudo bombeiros), são os locais de reabastecimento de combustível aos concorrentes. “Também nos pedem para colaborar nas operações de recolha de combustível para análise, no final de cada dia de prova, e até nas verificações técnicas”, revela o CODIS portuense.

Esta sexta-feira, o dia teve alguns sobressaltos, como um princípio de incêndio do Mitsubishi Lancer EVO X do português José Merceano, ainda durante a manhã. “Foi uma situação prontamente resolvida”, destacou Carlos Alves.

Esta sexta-feira, a ANEPC reforçou o aviso à população para o perigo de incêndios florestais devido às elevadas temperaturas, lembrando que não é aconselhável o uso de fogareiros em espaços florestais.

“A maioria das ignições no distrito do Porto têm início aos fins de semana, entre as 14 e as 20 horas”, revelou Carlos Alves, pedindo “civismo” aos adeptos do rali.

“O sucesso da prova depende do comportamento dos cidadãos”, frisou.

A ANEPC presta, ainda, apoio ao INEM através da cedência de nove ambulâncias 4×4, para ficarem nos troços.

“Durante o fim de semana, deveremos chegar aos 450 operacionais, de quatro distritos (Porto, Coimbra, Braga e Vila Real) e cerca de 140 veículos”, precisou.

O Rali de Portugal vai este sábado para a serra do Marão, com passagem por Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante, com 160 quilómetros cronometrados de um total de 622,86 quilómetros previstos.

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