“Além da situação da UEFA, com o ‘fair-play’ financeiro, que nos limitou a inscrição de mais jogadores, temos estas duas baixas, mas, mesmo assim, ainda tenho de deixar um de fora. Tenho 19 disponíveis. Com estes tenho a certeza de que vamos dar uma resposta capaz, determinada e de grande ambição, que tem sido a imagem do FC Porto no campeonato”, disse.
Em causa, está a limitação de inscrição a 22 futebolistas, ao invés dos habituais 25 – os ‘dragões’ têm apenas 21, pois emprestaram Rui Pedro ao Boavista – devido ao ‘fair-play’ financeiro da UEFA, bem como as ausências, por castigo, do avançado camaronês Aboubakar e do lateral uruguaio Maxi Pereira no arranque do grupo G.
“Tenho de contar com os que tenho e vamos ser fortes com os 19 disponíveis para o jogo”, reforçou.
Sérgio Conceição reiterou a sua confiança total no plantel e acredita que será com os 18 que inscrever na ficha de jogo que os ‘dragões’ vão somar os primeiros três pontos, importantes para o êxito na prova e para conquistar maiores receitas, que lhes permitam valorizar o plantel até à janela do mercado em dezembro.
“É óbvio que sim. A possibilidade de ganhar jogos é importante também financeiramente para o clube, até para a valorização dos seus ativos, os jogadores. Normalmente, as equipas com sucesso na Liga dos Campeões – como o FC Porto ao longo dos anos – fazem vendas fantásticas e isso é essencial para os clubes, essencialmente os portugueses e o FC Porto. Penso que sim. Que é muito importante. E também para a valorização dos treinadores”, lembrou.
Com uma equipa sem reforços – Vaná, não inscrito na ‘champions’, foi a única novidade a chegar ao clube –, Sérgio Conceição admite que tem de ser “inteligente e criativo na gestão do plantel”.
“Temos no FC Porto gente a trabalhar muito bem nas várias áreas e, com os jogadores que temos, conseguimos tê-los sempre no máximo das suas capacidades, a todos os níveis, para irmos o mais longe possível em todas as provas. O nosso principal objetivo é o campeonato, mas claramente queremos fazer boa figura na Liga dos Campeões e isso passa, sem dúvida, por sermos um dos dois primeiros deste grupo”, vincou.
Conceição entende que a ‘poule’ é “muito equilibrada, com quatro equipas de grande qualidade”, recordando que o Mónaco de Leonardo Jardim e João Moutinho é campeão francês, o Besiktas de Quaresma e Pepe é bicampeão turco e o Leipzig foi a surpresa do campeonato alemão, mantendo esta época o nível de desempenho.
“É um grupo muito competitivo, no qual todos os pontos vão ser importantes. Na quarta-feira queremos os três primeiros pontos na caminhada que é o nosso objetivo. Podem ser essenciais. É sempre importante começar bem a prova”, recordou.
Sérgio Conceição desvalorizou a sua estreia como treinador na ‘champions’, 21 anos e um dia após o ter feito como futebolista do FC Porto, com triunfo 3-2 em San Siro frente ao AC Milan, destacando a sua paixão pelo jogo em cada desafio.
“É claro que a Liga dos Campeões tem outro impacto, mas não há fita métrica que possa medir essa emoção. Ainda assim, é sempre um prazer enorme e nesta competição, que é fantástica, talvez a mais forte de todo o mundo, com as melhores equipas”, assumiu.
O técnico falou ainda do “respeito” pelo Besiktas, destacando “alguns elementos de enorme valia e experiência”, sem nunca tocar nos nomes de Ricardo Quaresma e Pepe, que projetaram a sua carreira no FC Porto.
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