O anúncio foi feito já na madrugada de hoje, após prolongada contagem dos votos, pelo presidente da mesa da Assembleia Geral do Sporting, Rogério Alves, com 68,55% a votarem a favor da manutenção e 30,88 contra.
A manutenção da suspensão de Bruno de Carvalho significa que o ex-presidente continua a não poder candidatar-se aos órgãos sociais do clube.
Também foram mantidas as suspensões de 10 meses a Alexandre Godinho, Carlos Vieira, José Quintela, Rui Caeiro e Luís Gestas, os outros membros da direção por si liderada, e as expulsões como sócios de Elsa Judas e Trindade Barros.
Na AG de sábado, Bruno de Carvalho fez a sua defesa através de um comunicado que foi lido pela sua irmã, Alexandra, no qual o ex-líder admitiu os seus erros e pediu desculpas aos associados, aos quais lembrou “os cinco anos de amor que dedicou ao clube, que procurou defender cega e intransigentemente”.
Em 02 de agosto, a CF justificou a suspensão de um ano a Bruno de Carvalho, por considerá-lo “o principal artífice e responsável da situação grave e antiestatutária criada” no clube.
O ex-lider do clube foi destituído da presidência em AG, em 23 de junho, e impedido de concorrer às eleições, que consagraram Frederico Varandas como novo presidente.
Bruno de Carvalho está ainda acusado pelo Ministério Público da autoria moral do ataque à Academia do clube, em Alcochete, em 15 de maio, sendo acusado de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um de detenção de arma proibida e crimes classificados como terrorismo, não quantificados.
Em 15 de maio, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia do clube, em Alcochete, por um grupo de cerca de 40 adeptos encapuzados, que agrediram alguns jogadores, membros da equipa técnica e outros funcionários.
Na sequência do ataque, foram constituídos 44 arguidos, dos quais 38 estão em prisão preventiva. Bruno de Carvalho chegou a ser detido em 11 de novembro, mas foi libertado quatro dias depois com uma caução de 70.000 euros e sujeito a apresentações diárias às autoridades.
O ataque, que lançou o clube lisboeta em uma das maiores crises institucionais da sua história, levou nove futebolistas a pedirem rescisão de contrato, alegando justa causa, mas alguns deles recuaram na decisão e continuam a representar os ‘leões’.
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