David Carmo e Fransérgio foram punidos com três jogos de suspensão depois das expulsões diante do Vitória de Guimarães, na quinta jornada da I Liga de futebol.

Os bracarenses, que viram recusados os recursos apresentados para despenalizar os jogadores, criticam as decisões do Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), considerando-as "incompreensíveis" e os castigos "exageradíssimos".

"Uma decisão evidentemente injusta e que é única e exclusivamente sustentada no relatório e declarações dos mesmos árbitros, VAR e AVAR que, no Benfica - Sporting de Braga da época passada, expulsaram Raul Silva, prestando, ainda, declarações à posteriori, as quais provocariam a suspensão adicional do nosso jogador em processo disciplinar relativo ao ‘manguito'", pode ler-se.

Acrescentam os ‘arsenalistas', ainda em relação a esse jogo da temporada anterior, que, "ao mesmo tempo, Rúben Dias, jogador do Benfica que agrediu de forma clara o mesmo Raul Silva no momento em que festejava o golo marcado pelo Sporting de Braga no Estádio da Luz, foi ‘tranquilamente' ilibado pelos mesmos árbitros, VAR e AVAR referidos em cima. A ‘normalidade' do nosso futebol, portanto...".

Recorda ainda o Sporting de Braga que, esse processo, "que foi instaurado com base numa queixa do Benfica, foi (bem) arquivado pelo CD".

Conclui o clube dirigido por António Salvador que "errar uma vez, mesmo não sendo compreensível neste nível de exigência profissional, até poderá ser tolerável; repetir o erro já passa a ser demasiada coincidência".

O Sporting de Braga deixou também críticas ao VAR, que, "na sua génese, chegou ao futebol para ajudar, mas que nos últimos tempos só tem prejudicado o jogo e a veracidade do mesmo".

"Sem nos focarmos no jogo ‘X' ou ‘Y', a verdade é que os erros que têm sido cometidos ao longo das primeiras seis jornadas são incompreensíveis à luz da presença de uma ferramenta que consegue repetir os lances e analisá-los de vários ângulos. Se as decisões são mal tomadas (e temos vários exemplos disso), então só podemos estar a falar de uma de duas explicações: ou má fé ou falta de qualidade", lê-se.

No jogo de segunda-feira com o Famalicão, que os bracarenses venceram por 1-0, isolando-se no terceiro lugar da I Liga, o árbitro Rui Costa recorreu por três vezes ao visionamento das imagens do VAR.

Na primeira ocasião, marcou uma falta que não tinha assinalado e expulsou o defesa central famalicense Riccieli, depois validou o único golo da partida, de Bruno Viana, inicialmente anulado por fora-de-jogo, e na terceira, já após ter dado por terminado o jogo, avaliou negativamente uma suposta grande penalidade contra os bracarenses.