Fonte oficial do clube disse hoje à Lusa que a “a administração chamou o funcionário Gonçalo Rodrigues, em função das notícias veiculadas hoje pelo Correio da Manhã, sobre o seu alegado envolvimento neste caso, que respondeu que nada tinha feito, estava de consciência absolutamente tranquila”.

“A administração decidiu abrir um processo de inquérito para apurar qual o seu envolvimento no que veio publicado no Correio da Manhã. Na sequência disso, Gonçalo Rodrigues autossuspendeu-se de funções enquanto durar o processo de inquérito”, prosseguiu a mesma fonte ‘leonina’.

Na sua edição de hoje, o jornal Correio da Manhã revela alegadas irregularidades cometidas para favorecer os ‘leões’ na época 2016/17, quando conquistou o título de campeão nacional, após 16 anos de jejum.

Na sequência da notícia do Correio da Manhã, a Federação de Andebol de Portugal (FAP) anunciou a denúncia deste caso ao Ministério Público (MP), que já tinha confirmado a existência de "um inquérito relacionado com a matéria" e dirigido pelo MP do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto.

Segundo o jornal, o alegado esquema de corrupção no andebol envolvia "a compra de equipas de arbitragem, quer para os ‘leões’ ganharem, quer para o FC Porto, com o qual disputaram o campeonato até ao fim, perder" e abrangeu a época de 2016/17.

O CM cita conversas e trocas de mensagens de voz entre empresários, na aplicação da internet WhatsApp, e que segundo o jornal "mostram como André Geraldes, hoje diretor de futebol do Sporting, coordenava toda a batota".

O jornal publica ainda uma entrevista com o empresário Paulo Silva, alegadamente intermediário em todo o esquema, que fala em "fraude nas modalidades", confessa ter alinhado no esquema de corrupção "ao serviço do seu clube do coração [Sporting]" e diz que recebia 350 euros por cada árbitro de andebol que corrompia.