"Apelo novamente para que parem com os processos disciplinares em curso e que deixem aos sportinguistas a liberdade de se candidatarem e aos outros de poderem escolher quem querem, no próximo dia 08 de setembro, a liderar o clube, incluindo o último presidente e o seu CD [Conselho Diretivo], se tal for a nossa decisão", escreveu hoje Bruno de Carvalho na sua página no Facebook.
Bruno de Carvalho, o vice-presidente Carlos Vieira e os vogais Rui Caeiro, Alexandre Godinho, José Quintela, Luís Gestas e Luís Roque foram suspensos pela Comissão de Fiscalização nomeada pela Mesa da Assembleia Geral do Sporting e deveriam ter respondido até quarta-feira às notas de culpa dos respetivos processos disciplinares.
"O meu desejo é simples, que se acabe com este processo disciplinar e se permita aos sportinguistas ouvirem todos os que quiserem falar e decidirem o futuro do clube e SAD. E neste momento é muito importante não provocar mais fragmentações do universo leonino. Vamos encarar cada lista com o respeito que merece, pois querer servir o clube não é um 'crime', mas sim um ato de paixão", lê-se na publicação do ex-presidente.
No sábado, numa assembleia geral que reuniu quase 15 mil sócios, a destituição do CD liderado por Bruno de Carvalho foi aprovada com 71% dos votos, na sequência de uma crise iniciada com a perda do segundo lugar da I Liga de futebol e com a invasão da Academia do Sporting, em Alcochete, por cerca de 40 adeptos que agrediram jogadores e elementos da equipa técnica.
"Vamos ter a humildade de reconhecer as nossas virtudes e os nossos defeitos. Vamos ter a humildade de receber de braços abertos todos os que queiram apresentar o seu projeto para o Sporting (...). A demonstração de que somos um grande clube em tudo é deixar todos, os que assim o quiserem, sem decisões de 'secretaria' contrárias, ir a eleições e ver o seu projeto ser aprovado ou reprovado por quem manda: os associados", acrescentou.
Até novas eleições para os órgãos sociais, a liderança do clube está a cargo de uma Comissão de Gestão presidida por Artur Torres Pereira, que por sua vez nomeou José Sousa Cintra, antigo presidente do Sporting, para presidir à SAD.
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