“O meu primeiro contributo para o novo Sporting será a formalização na próxima terça-feira da minha candidatura ao cargo de presidente do Sporting Clube de Portugal”, revelou à Lusa.
Entendendo que as eleições para a presidência do Sporting são o “primeiro passo para a pacificação e união” do clube, o médico sustenta que “todos os sócios que sintam que têm condições de se candidatar o devem fazer”.
Sobre o resultado da Assembleia Geral (AG) de sábado, na qual os sócios votaram a saída de Bruno de carvalho da presidência com 71% dos votos, o médico referiu estar “muito orgulhoso com os sportinguistas, porque tiveram coragem, foram dignos”.
“Foi uma esmagadora derrota para Bruno de Carvalho e uma vitória do Sporting Clube de Portugal. Mas atenção, o Sporting tem de demonstrar que sabe ganhar. O sócio que votou em Bruno de Carvalho vale tanto como o que votou contra”, acrescentou o candidato à presidência do clube.
A marcação da AG para a destituição do Conselho Diretivo gerou polémica, debates e foram dirimidos na comunicação social muitos argumentos, uns contra e outros a favor, um clima criticado por Frederico Varandas.
“Prometo que tudo farei para que nunca mais voltem a sentir-se como ontem [sexta-feira] na sua própria casa, num clima de medo, intimidação, ameaças, resultado de uma cultura de ódio. Estou muito orgulhoso dos sportinguistas, porque deixaram os insultos a falarem sozinhos”, acrescentou.
Sobre o facto de as eleições terem sido marcadas para 08 de setembro, o médico admitiu que gostaria que tivessem sido ontem, mas que os estatutos são para cumprir.
Questionado sobre a possibilidade de Bruno de Carvalho se recandidatar, apesar de o presidente destituído ter anunciado que não o vai fazer, Frederico Varandas disse que para ele a palavra de Bruno de Carvalho vale pouco, mas sustentou que “todos os sócios que sintam que têm condições de se candidatar o devem fazer”.
“As eleições são primeiro passo para a pacificação e união do Sporting”, acrescentou.
Numa das mais concorridas assembleias gerais de sempre do Sporting votaram 14.735 sócios.
A AG foi convocada com o objetivo de decidir o afastamento ou a continuidade de Bruno de Carvalho, tendo os sócios decidido a sua saída com 71,36%, e foi a figura central de uma crise que se agudizou com a perda do segundo lugar na I Liga de futebol e a invasão de adeptos à Academia do Sporting, em Alcochete.
Bruno de Carvalho, que em fevereiro viu uma larga maioria de sócios legitimar o seu mandato - aprovando alterações aos estatutos e ao regulamento disciplinar, e a continuidade dos órgãos sociais - foi o primeiro presidente a ser afastado em quase 112 anos de história do clube.
Eleito em 2013 e reconduzido em 2017, Bruno de Carvalho considerou, desde o início, que a AG era ilegal, e tinha dito que não marcaria presença no plenário, algo que não cumpriu, ao deslocar-se ao local para votar.
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