Guilherme Ribeiro sagrou-se campeão nacional de surf pela segunda vez na carreira.

Na 5.ª e última etapa da Liga MEO Surf, “Gui” Ribeiro recuperou o troféu conquistado em 2022 (obtido também em Peniche) e sucedeu a Joaquim Chaves na lista de campeões nacionais, tabela liderada por Vasco Ribeiro (5). Guilherme Ribeiro iguala Justin Mujica (1999 e 2010), já retirado.

Na praia de Supertubos, em Peniche, o surfista da Costa da Caparica somou o segundo título, em três anos, na 1.ª divisão nacional e venceu, pelo terceiro ano consecutivo, a etapa que encerrou a Liga MEO Surf. Na final, superiorizou-se a Afonso Antunes.

“Foi um dia especial, sem dúvida”, disse “Gui” Ribeiro no pódio, dedicando a vitória “a pessoas mesmos especiais, família, namorada e ao meu treinador, Manuel Gameiro”, enumerou.

“O meu treinador foi a pessoa que mais puxou por mim num ano muito duro”, assumiu ainda o surfista que competiu esta temporada no Challenger Series, circuito de qualificação para o Championship Tour (CT), prova de elite da Liga Mundial de Surf (WSL). “Estou cansado e feliz e agora vou de férias”, rematou.

Aos 22 anos, Guilherme Ribeiro assume-se como um dos grandes nomes do surf nacional. Venceu duas vezes a Liga MEO. Ao palmarés, acresce ainda o último lugar do pódio em 2021.

“Nunca meti nenhum dos títulos de campeão nacional como objetivo no início do ano, foi sempre acontecendo no desenrolar da época e se visse a oportunidade”, confessou ao SAPO24. Uma estratégia que deu frutos. “Conquistei dois títulos, em 2022 e 2014, e fui vice-campeão”, recordou.

Peniche voltou a decidir título masculino

A última paragem do circuito nacional de surf, em Peniche, já com o título feminino na mão de Teresa Bonvalot, pentacampeã (2014, 2015, 2020, 2022 e 2024), tinha o aliciante de apurar, pelo terceiro ano consecutivo, o campeão masculino.

Guilherme Ribeiro, que entrou no Petisco Peniche Pro vestido de licra amarela Go Chill, e Tomás Fernandes (colocado a 110 pontos de distância no ranking e a necessitar de ficar à frente de “Gui” Ribeiro) perfilhavam-se como os dois únicos candidatos a vencer a 1.ª divisão do surf nacional.

A luta seria logo desfeita na manhã de domingo. Tomás Fernandes, surfista da Ericeira, foi afastado na ronda 3 e entregou o título. Volta a falhar a conquista do troféu, apesar de ter triunfado em duas etapas, tal como sucedido em 2019, e repete o vice-título nacional conquistado no ano antes da pandemia.

Os estudos de Gabriela Dinis e os cinco títulos de Teresa Bonvalot

No feminino, a etapa de Peniche foi ganha por Gabriela Dinis. A surfista da Linha de Cascais manteve o terceiro lugar do ranking, atrás de Francisca Veselko (finalista vencida).

“Fechar o ano com uma vitória é sempre ótimo”, resumiu a surfista da Linha de Cascais, que alcança, nos Supertubos, o segundo triunfo na Liga MEO (venceu o Figueira Pro 2023) depois de ter afastado Teresa Bonvalot nas meias-finais, e Francisca Veselko (campeã em 2023 e 2021) na final.

“No início do campeonato não tinha grandes expectativas, tenho investido muito tempo nos estudos e na faculdade, queria apenas fazer bom surf”, confessou. Apesar do investimento estar nos bancos da faculdade, a jovem surfista garante que vai “continuar a vir às etapas da Liga MEO Surf e competir no circuito europeu de qualificação. Vamos ver como corre o próximo ano”, frisou.

Teresa Bonvalot, por sua vez, deixou para segundo plano o quinto título nacional e focou-se numa autoavaliação, após uma temporada em que falhou o objetivo principal – a entrada no circuito mundial.

“Foi um ano longo, com altos e baixos, há momentos que não caem para o nosso lado e cai para o outro, mas também irá cair para o nosso lado e há que continuar nessa luta e na nossa evolução. Mesmo sem os resultados, pode ser um ano positivo noutras áreas e nem tudo se resume ao 1.º ou 2.º lugar”, resumiu a surfista do Sporting.