Terminou hoje a prestação de Frederico Morais no Meo Rip Curl Pro Portugal, 3.ª etapa do circuito mundial de surf, a decorrer em Peniche. Entrado com o estatuto de wildcard (convite) na etapa portuguesa do circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL), Kikas foi terceiro (5,60 pontos) na ronda de eliminação, numa bateria ao lado de Kelly Slater (6.20) e Kanoa Igarashi (11.00).

O japonês Kanoa dominou a ronda de eliminação e na luta pelo segundo lugar Frederico Morais travou uma batalha ingrata com Slater, 11 vezes campeão mundial, luta essa decidida nos instantes finais da bateria de 35 minutos.

“Perder a necessitar de um 3 é frustrante, mas nestas condições (ondulação forte) não há muito a fazer. A onda ou vem, ou uma pessoa não consegue fazer magia”, disse. “A frustração é minha, ninguém tem de levar com ela, sou eu que tenho de lidar e sei lidar com ela”, acrescentou Frederico Morais.

“Nos últimos cinco minutos fiquei preso no jet ski, não consegui sair lá para fora e perdi dois ou três minutos cruciais. Quando chego lá fora, deram a prioridade ao Kelly Slater. Se fosse na remada, teria sido a minha prioridade, mas o jet ski dele chegou mais rápido e deram-lhe a ele. Não é correto. Ficou com a prioridade para apanhar os dois pontos e, na verdade, poderiam ter sido os meus dois pontos. Às vezes não corre para o nosso lado, mas é continuar a trabalhar”, frisou.

As condições do mar e as “bombas” de Supertubos não deram tréguas aos surfistas — a prova foi interrompida durante a manhã por questões de segurança relacionadas com os jet-ski que prestam ajuda aos surfistas para chegar ao line-up.

“Não há grande gestão. Apanhar ondas e ver o que dá. Se esperas demais pela onda perfeita, ela não vai aparecer. Se apanhas tudo o que mexe, se calhar perdes a que dá mais oportunidade. É go with the flow ['é deixar ir', na tradução]. Foi o que fiz”, confessou.

“Estive no tour mais de 5 anos, fui top-10, fiz finais no tour”

Eliminado da 3.ª etapa do circuito mundial, o foco vira-se agora para os Challenger Series (arranca em maio), prova de qualificação para o Championship Tour (CT), circuito ao qual Frederico Morais quer regressar.

“Quero estar aqui (Circuito Mundial) mais do que nunca, sinto que pertenço aqui. Já estive no tour mais de cinco anos, fui top-10, fiz finais no tour, por isso é continuar a trabalhar e os resultados vão aparecer. Sempre foi isso que acreditei na minha carreira e agora não vai ser diferente”, garantiu.

Os elogios de Jack Robinson, atual líder do CT, ao sublinhar que Kikas pertence ao circuito de elite da Liga Mundial de Surf (WSL), não deixaram o surfista português indiferente. “Só dá mais alento à minha vontade de voltar e viajar pelo mundo a fazer o tour”, assumiu o antigo número 10 do Circuito Mundial, muito acarinhado pelo muito público português presente na praia. “Foi bom estar em Peniche. É sempre um orgulho sentir a força e o carinho de perto e agora é continuar a trabalhar”, sublinhou.

Apesar de eliminado da etapa portuguesa do CT, em Supertubos, e de ter partido uma prancha, Frederico Morais continuará por Peniche a apoiar nos próximos dias as “guerreiras”, Teresa Bonvalot e Yolanda Hopkins e os amigos do circuito. “Vou torcer pelo Gabriel (Medina), o Ryan (Callinan), um dos meus padrinhos de casamento, o Kanoa, o Leo (Fioravanti), tenho bons amigos no tour e gostava que se dessem bem aqui...também precisam de pontos cruciais para fazer o cut”, antecipou.

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