O Sporting, rival lisboeta, tem honras de abertura da ronda, ao visitar na quinta-feira o recinto do Oleiros, que alinha no terceiro escalão – tal como o Olhanense -, enquanto o FC Porto, líder isolado da I Liga, desloca-se na sexta-feira ao reduto do Lusitano de Évora, dos campeonatos distritais.
O regulamento da prova determina que todos os primodivisionários jogam a terceira eliminatória na qualidade de visitantes, o que, se faz com que levem a ‘festa da Taça’ a estádios dos clubes dos escalões inferiores, também evita que se possam defrontar na estreia na competição.
A mesma condicionante aplicou-se na eliminatória anterior aos clubes da II Liga, mas isso não impediu que seis deles fossem eliminados, ainda que seja muito remota a possibilidade de o recordista de títulos, com 26 troféus conquistados, ser afastado pela equipa de Olhão, no Estádio Algarve.
A supremacia do Benfica relativamente ao Olhanense é esmagadora: em 52 jogos, os ‘encarnados’ venceram 40 e perderam apenas quatro, tendo-se imposto em todas as seis partidas (duas no reduto da equipa algarvia) disputadas para a Taça de Portugal, a última das quais em 2012, por 5-0.
Apesar de não estar privado de utilizar qualquer jogador devido a lesão ou suspensão – uma raridade no Benfica nas últimas épocas -, o treinador Rui Vitória deverá poupar os habituais titulares, até porque defronta na quarta-feira seguinte o Manchester United, para a Liga dos Campeões.
A fragilidade dos adversários deverá levar Sporting e FC Porto a adotar a mesma política, resguardando os titulares e dando a oportunidade de mostrar o seu valor a alguns jogadores menos utilizados, até porque também jogam para a liga ‘milionária’ na semana seguinte.
Mesmo que o Sporting se apresente com as segundas linhas, o Estádio Municipal de Oleiros viverá na quinta-feira uma noite de festa, quando receber pela primeira vez a equipa ‘leonina’, depois de ter deixado pelo caminho o Alcanenense e o Sousense nas rondas anteriores.
O Lusitano de Évora até já venceu por seis vezes o FC Porto (duas para a Taça de Portugal), mas isso foi ‘noutra vida’ do clube alentejano, que já andou pelo escalão principal, mas agora é apenas sétimo classificado na divisão de elite distrital da Associação de Futebol de Évora.
A última visita do FC Porto ao reduto do Lusitano de Évora, vencedor nesta edição da Taça frente ao Pêro Pinheiro e ao Vasco da Gama Vidigueira, não traz boas memórias ao clube portuense, que não foi além de um empate 0-0, mas isso aconteceu já há mais de 50 anos, no campeonato da época 1965/1966.
O Lusitano de Évora é um dos quatro ‘sobreviventes’ dos distritais e o que enfrenta a tarefa mais difícil, pois o Alcains joga no estádio do Praiense, do Campeonato de Portugal, a Alta de Lisboa recebe o Famalicão, da II Liga, e o Vila Real joga em casa com o primodivisionário Desportivo das Aves.
Belenenses, Paços de Ferreira, Tondela e Feirense foram os clubes do escalão principal menos afortunados no sorteio da terceira eliminatória, tendo de defrontar equipas da II Liga, respetivamente, Santa Clara, Académica, Leixões e o líder Académico de Viseu.
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