A CCTV suspendeu a transmissão de jogos da NBA em outubro passado, após o diretor-geral dos Houston Rockets, Daryl Morey, ter manifestado apoio ao movimento pró-democracia em Hong Kong, através de uma mensagem na rede social Twitter, provocando uma onda de críticas na China.
O basquetebol é dos desportos com maior audiência na China.
Para a NBA, este boicote significa perdas superiores a 300 milhões de dólares (253 milhões de euros), sendo que o país asiático é o mercado mais importante e lucrativo fora dos Estados Unidos.
Várias grandes empresas na China também reagiram ao cortar os seus negócios com a NBA.
Em maio, a CCTV, detentora exclusiva dos direitos de transmissão da NBA na China, reafirmou a sua posição em relação à liga de basquetebol: "Em questões de soberania, a nossa atitude é séria, clara e consistente e não deixará de o ser. não há espaço para ambiguidade".
Na quarta-feira, uma investigação da rede de canais de televisão norte-americana ESPN denunciou maus tratos nas academias de basquetebol desenvolvidas pela NBA na China, onde muitos treinadores relataram punições corporais, em particular na academia da NBA em Xinjiang, a região no extremo oeste do país onde mais de um milhão de membros de minorias étnicas chinesas de origem muçulmana estão detidos em campos de doutrinação.
A NBA, que disse no início de julho ter cortado os vínculos com Xinjiang "há mais de um ano", assegurou que está a "reavaliar" o seu programa académico na China.
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