“A expectativa é disputar uma excelente eliminatória e sair do Cazaquistão com a vitória. Sempre que jogamos a Taça Davis é para dar o máximo, representar Portugal da melhor maneira e, se possível, fazer história. E, nesta eliminatória, pode fazer-se história”, sublinha, referindo-se a um confronto que apurará a equipa vencedora para a fase final da Taça Davis, a realizar-se entre os dias 18 e 24 de novembro, em Madrid.
Enquanto Portugal vai discutir o acesso ao Grupo Mundial pela terceira vez, depois de 1994 frente à Croácia e 2017 diante da Alemanha, o Cazaquistão vai lutar pelo regresso à fase final de uma prova, na qual já alcançou cinco vezes os quartos de final, jogando em casa, no National Tennis Center, onde regista 10 vitórias nas últimas 11 eliminatórias.
“É uma seleção muito forte em casa, onde tem um grande historial de vitórias. Tem um número um (Mikhail Kukushkin, 55.º ATP) muito experiente, que tem apresentado um excelente nível na Taça Davis e no circuito mundial, e muito conhecido de todos os jogadores. O número dois (Alexander Bublik) e o três (Aleksandr (Nedovyesov) também são bons jogadores, um com um ténis muito agressivo e o outro, que já foi top-100, nos últimos meses tem feito bons resultados. São adversários competitivos e de certeza que vai ser uma eliminatória bastante difícil”, prevê Machado, em declarações à agência Lusa.
Apesar de antecipar que a “principal dificuldade vai ser jogar fora de casa, nas condições às quais o Cazaquistão está habituado e no seu ambiente, em que os jogadores tendem a superar-se”, Rui Machado acredita nas “armas” de Portugal, “com jogadores em grande forma, muito nível competitivo, experiência e vontade de ganhar e fazer história”.
Além de enaltecer os “feitos históricos de João Sousa”, número 39 do ‘ranking’ ATP, “ano após ano e ainda agora no Open da Austrália”, o capitão assegura ter o vimaranense chegado ao Cazaquistão “bastante confiante, com ritmo e em grande nível de forma” para se juntar a Pedro Sousa (101.º ATP), João Domingues (213.º) e Gastão Elias (246.º).
“O Pedro iniciou a época em piso rápido e fez o último encontro com o Alex Di Minaur, que tinha vencido em Sydney e estava em excelente forma. Apesar da derrota, fez um grande encontro e demonstrou um bom nível. O João fez três encontros muito competitivos no Open da Austrália e ficou à porta do quadro principal de um ‘Grand Slam’. E o Gastão Elias, que jogou alguns torneios nos Estados Unidos, já fez umas meias-finais num ‘challenger’ e parece estar no caminho certo para voltar ao seu melhor nível”, avaliou.
Embora nunca tenha disputado um ‘qualifying’ para o Grupo Mundial enquanto jogador, Rui Machado diz ser “igual a responsabilidade” como capitão.
“Jogar a Taça Davis é sempre uma grande responsabilidade, seja de acesso ao Grupo Mundial ou para não descer de divisão. Queremos fazer história e vamos entrar em ‘court’ para ganhar”, assegura Machado, que, mesmo após o final da carreira competitiva, esteve “sempre envolvido na Taça Davis como responsável técnico da Federação Portuguesa de Ténis, dando apoio à então equipa técnica e jogadores”.
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