Em Turim e Munique, jogam as quatro mais poderosas equipas da edição 2016/17 da ‘Champions’, com um total de 23 títulos, incluindo seis dos oito últimos, e 40 finais.
Do outro ‘lado’, conta-se apenas um cetro e seis finais, no somatório dos protagonistas dos embates entre Borussia Dortmund e Mónaco, com primeira mão na Alemanha, e entre Atlético de Madrid e o estreante Leicester, em Espanha.
O primeiro jogo ‘grande’ está agendado para o Juventus Stadium, onde os ‘carrascos’ do FC Porto defrontam os campeões espanhóis, que, nos ‘oitavos’, fizeram o ‘impossível’, face ao Paris Saint-Germain, ao responderam a um 0-4 com um 6-1.
Numa reedição da final de 2014/15, que os catalães conquistaram (3-1 em Berlim), o ‘onze’ ainda de Luis Enrique parte como favorito, mas por margem reduzida, face ao poderio dos quase hexacampeões transalpinos – seis pontos face à Roma.
Com um ataque com Messi, Neymar e Suárez, pode sempre esperar-se tudo do conjunto de André Gomes, mas o ‘Barça’, equipa com mais títulos (quatro) nos últimos 11 anos, tem sido ‘bipolar’, capaz do ‘nada’, como aconteceu sábado, no desaire por 2-0 em Málaga, onde complicou muito as contas internas.
Se fraquejar, isso poderá ser um problema para o ‘Barça’, mais ainda sem o castigado Busquets, face a uma Juventus muito poderosa em casa, onde soma 41 vitórias, a última sábado (2-0 ao Chievo) e seis empates nos derradeiros 47 encontros.
Para encontrar o derradeiro desaire caseiro da ‘Juve’ é preciso recuar a 23 de agosto de 2015, dia em que tombou por 1-0 na receção à Udinese (golo do francês Cyryl Théréau, aos 78 minutos), na primeira ronda da ‘Serie A’ 2015/16.
Ainda na terça-feira, o Borussia Dortmund, vencedor da prova em 1996/97 e finalista vencido em 2012/13, recebe o Mónaco, que, ao superar o Manchester City (3-5 fora e 3-1 em casa), tornou-se o único intruso entre os quatro ‘grandes’ (Espanha, Alemanha, Inglaterra e Itália).
O conjunto de Leonardo Jardim, mais Bernardo Silva e João Moutinho, tem sido uma agradável surpresa em 2016/17, comandando a Liga francesa, com um futebol de ataque, como provam os seus 88 no campeonato – registo apenas igualado na Europa pelo FC Barcelona, em Espanha.
A formação de Raphaël Guerreiro, que afastou o Benfica (4-0 em casa, após 0-1 na Luz), também é poderosa ofensivamente, como demonstra o seu recorde de 21 tentos na fase de grupos, o que perspetiva um embate aberto.
Nos jogos do fim de semana, os moneagascos venceram por 1-0 no reduto do Angers, com um tento do regressado Falcao, enquanto os germânicos perderam por 4-1 no reduto do Bayern.
Quanto aos embates de quarta-feira, as atenções viram-se para Munique, onde o Bayern, campeão europeu por cinco vezes, recebe o Real Madrid, que tenta torna-se a primeira equipa a revalidar o cetro na ‘era Champions’ (desde 1992/93).
O conjunto de Cristiano Ronaldo, Pepe (lesionado) e Fábio Coentrão tem boas recordações da última visita à equipa em que agora alinha Renato Sanches, pois ai logrou, na segunda mão das meias-finais de 2013/14, uma goleada por 4-0, depois de já ter triunfado no Santiago Bernabéu (1-0).
Os ‘merengues’, recordistas de vitórias na principal prova europeia de clubes (11 troféus), conseguiram-no sob o comando do italiano Carlo Ancelotti, que agora está no banco dos bávaros e reencontra pela primeira vez o Real Madrid.
A formação de Zinedine Zidane parte com ligeiro favoritismo, algo, no entanto, quase impercetível, face a um conjunto bávaro que, quase pentacampeão alemão, estará há muito a preparar o embate com os campeões espanhóis.
O duelo com o favorito mais claro joga-se em Madrid, onde o Atlético, de Tiago, parte por ‘cima’ do estreante Leicester, mesmo tendo em conta que os ingleses venceram os seis primeiros encontros da ‘era’ Craig Shakespeare, o sucessor de Claudio Ranieri, perdendo apenas ao sétimo, domingo, com o Everton.
Muito mais experiente nestas andanças, o conjunto comandado por Diego Simeone procura a terceira final em quatro anos, após os desaires em 2014 e 21016, sempre frente ao vizinho Real, com o qual empatou 1-1 sábado, no Bernabéu.
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