“A AAOP apela às autoridades desportivas nacionais para que imediatamente se suspendam todos os contactos e atividades competitivas com quaisquer agentes representantes da Rússia e da Bielorrússia, enquanto territórios agressores neste conflito” com a Ucrânia, desafiou o organismo.

Em nome dos atletas olímpicos, a AAOP condena com “total veemência” a invasão militar da Rússia – com o apoio logístico da Bielorrússia - à Ucrânia, classificando-a como uma “injustificada agressão bélica”.

A AAOP recorda que esta agressão é “causadora de tanto sofrimento, enorme trauma e perdas injustificadas de vida num país Europeu livre e em pleno século XXI”.

A Carta Olímpica é recordada, nomeadamente “a defesa dos ideais, princípios fundamentais e valores universais”, tal como é elogiado o “exemplar esforço de resistência do povo ucraniano”.

“Em defesa da Paz entre os povos, a AAOP exorta ainda particularmente à reconhecida sensibilidade da comunidade desportiva, e da sociedade portuguesa em geral, no sentido de nunca se transigir perante quadros de violência gratuita e inusitada”, completam os atletas olímpicos.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a "operação militar especial" na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.