Portugal leva 65 atletas às Universíadas de Taipé (em Taiwan), de 19 a 30 de agosto, competição de desporto universitário que junta aproximadamente 9 mil atletas, em representação de 190 países.
Chefiada por Susana Feitor, a comitiva portuguesa (#GANHARFUTURO) que integra 11 modalidades e 20 oficiais apresentou, no Estádio Universitário, Lisboa, muitas das caras e os quatro fatos oficiais (dos mais informais aos que servirão para receber as medalhas) que levam a Taipé. As atenções nos atletas-estudantes centram-se em Rui Bragança, Joana Cunha (Taekwondo) e Filipa Martins (ginástica), atletas que, curiosamente, já venceram medalhas na edição anterior, em Gwangju, Coreia do Sul, em 2015.
“Não sou só eu a ter esperança de receber medalhas”, afirma Rui Bragança, que prefere partilhar esse favoritismo com “toda a equipa” de Taekwondo. Porém, não esquece igualmente Filipa Martins, que consigo partilhou a ida aos Jogos Olímpicos, assim como Cátia Azevedo, Marta Onofre e Marta Pen (Atletismo), numa listagem de cinco estudantes que foram também eles mesmos atletas olímpicos.
Daniel Monteiro, presidente da Federação Académica do Desporto Universitário (FADU) sublinhou no discurso de apresentação da comitiva nacional que irá a Taipé para um dos “palcos de desporto mundial” que alimenta o "sonho de alguns atletas que já foram e são olímpicos e outros que podem vir a sê-lo”.
Daniel Monteiro frisou ainda que “ser atleta de alto rendimento e estudante, é uma tarefa árdua e incompreendida”, embora hoje as “universidades já olhem” para esta realidade “com outros olhos” e que se tenham “transformado” para que esses “atletas possam ser estudantes ao mais alto nível”.
É a olhar para o sucesso académico que foi anunciado e celebrado o protocolo entre a FADU e os Jogos Santa Casa que atribuirá bolsas de estudo no valor de mil euros aos melhores atletas nacionais nesta competição.
32 medalhas universitárias de estudantes que viraram campeões mundiais e olímpicos
Na 29ª edição das Universíadas estará uma das maiores comitivas de sempre e na qual se inclui duas modalidades coletivas de voleibol e basquetebol.
Em 50 anos de história de participação na competição promovida pela Federação Internacional de Desporto Universitário, Portugal conquistou 32 medalhas, 11 das quais de ouro.
Tudo começou em 1967, em Tóquio (Japão), no judo, com Fernando Almada, com uma medalha de bronze. Desde então, nomes como Alexandre Yokochi (natação), Pedro Soares (judo), Carla Sacramento, Ana Dias, Susana Feitor, atual chefe de delegação, Naide Gomes, Jéssica Augusto, Nélson Évora, Sara Moreira, Ana Cachola e Patrícia Mamona (Atletismo), terminando em Fernando Pimenta (canoagem) Rui Bragança e Joana Cunha (Taekwondo), Filipa Martins (Ginástica) e o andebol, a primeira medalha coletiva.
Alguns acumularam estes “títulos académicos” com conquistas olímpicas e títulos (Nélson Évora e Fernando Pimenta) ou troféus europeus e mundiais (Carla Sacramento, Naide Gomes e Patrícia Mamona).
14 modalidades. Golfe é opcional e bilhar serve de demonstração
Na edição de 2017 disputam-se 14 modalidades obrigatórias, sendo o golfe umas das sete disciplinas opcionais e o bilhar como desporto de demonstração.
Haverá 38 instalações desportivas para competição e 41 para treino. Foram construídos para o evento um complexo de ténis e um pavilhão para o basquetebol.
A cerimónia de abertura e encerramento, 19 e 30 de agosto, decorrerá no Estádio de Taipé, com capacidade para 20 mil pessoas.
Comentários