“Queremos que a nossa juventude e irreverência traga ao jogo toda a capacidade para sermos mais pragmáticos em relação às oportunidades criadas. Temos estabilizado um pouco mais a nossa organização defensiva, mas ainda somos o sétimo melhor ataque da prova e queremos dar ênfase a isso”, frisou o técnico, em conferência de imprensa.
As ‘panteras’ só têm uma vitória no campeonato e entraram em zona de despromoção com o empate caseiro diante do Belenenses SAD (0-0), sinais que Vasco Seabra interpreta como a urgência de “melhorar a consistência sobre a globalidade do jogo”.
“Começámos muito bem ofensivamente, encontrámos aquilo que pretendíamos e chegávamos com regularidade ao último terço. Só que existiram alguns percalços defensivos, sofremos golos que não queríamos e tivemos de procurar equilíbrio, para que a equipa sentisse conforto a defender antes de atacar com consistência”, analisou.
O treinador do Boavista observou “essa fluidez” no último jogo, entre a manutenção de uma “ficha limpa” no capítulo defensivo e a construção de “oportunidades que podiam ter dado a vitória”, e espera dar-lhe continuidade na deslocação ao terreno do Rio Ave.
“As dificuldades são naturais por enfrentarmos um adversário que perdeu muito poucos jogos, tem uma das melhores defesas e é tradicionalmente difícil no seu estádio. Os opostos quase se tocam em termos de experiência e de idades. Isso cria-nos ambição muito grande para conseguirmos disputar o jogo e sairmos vencedores”, vincou.
Consciente de que os vila-condenses “provocam muitas dificuldades quando têm a bola”, apesar de apresentarem o segundo pior registo ofensivo da I Liga, com cinco tentos, Vasco Seabra quer ver os ‘axadrezados’ com “muita raça e determinação em bloco”.
“Queremos entrar agressivos, pressionantes e fortes para impedir o Rio Ave de chegar à nossa baliza e conseguir deixar a baliza do adversário em risco. Sinto que jogamos à vontade fora de casa. Perdemos apenas em Faro (3-1). Na Choupana (3-3), em Moreira de Cónegos (1-1) e em Famalicão (2-2) estivemos muito próximos de vencer”, lembrou.
O ataque do Boavista voltará a estar na máxima força, tendo em conta os regressos do gambiano Yusupha Njie, suspenso na receção ao Belenenses SAD, e do hondurenho Alberth Elis, recuperado da infeção pelo novo coronavírus, que provoca a covid-19.
O defesa francês Yanis Hamache e o médio brasileiro Paulinho continuam em dúvida, ao contrário do centrocampista Miguel Reisinho, que foi operado na quarta-feira para corrigir uma rotura dos ligamentos do joelho esquerdo e enfrenta uma longa recuperação.
O Boavista, 17.º e penúltimo colocado, com sete pontos, visita o Rio Ave, nono, com 10, no domingo, às 17:30, no Estádio do Rio Ave FC, em Vila do Conde, num encontro da nona jornada da I Liga, com arbitragem de João Bento, da associação de Santarém.
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