Num ano em que o Sporting-Tavira volta a configurar-se como um dos rivais principais dos ‘dragões’, além da Efapel e da Aviludo-Louletano, é ausência do campeão em 2017 e 2018, em vitórias autoritárias, que marca o dia de apresentação antes do prólogo, na quarta-feira em Viseu.
Ao todo, são 1.531,3 quilómetros marcados pela muita montanha e poucas oportunidades de ‘sprint’ que o pelotão, composto por 19 equipas, nove portuguesas, vai encontrar na estrada até ao Porto, num ‘crono’ final que poderá ser decisivo.
Antes, a passagem pela Serra da Estrela com a subida à Torre, na quarta etapa, a Serra do Larouco, na sétima tirada, e a ‘mítica’ Senhora da Graça, no penúltimo dia, serão os principais pontos ‘quentes’ para os favoritos à vitória final.
Apesar da ausência de Alarcón, a estrutura da União Ciclista de Sobrado, designada W52-FC Porto desde 2016, venceu sempre a prova desde 2013 e entrou neste ano de estatuto reforçado, com a subida ao escalão Profissional Continental, assumindo-se como única formação lusa no segundo patamar do ciclismo mundial.
Essa responsabilidade recai sobre o ‘sete’ de Nuno Ribeiro, que chamou outro bicampeão, o espanhol Gustavo Veloso (2014 e 2015), para se juntar ao campeão da 73.ª edição, Ricardo Mestre, mas também a Edgar Pinto e à ‘revelação’ João Rodrigues.
Aos 24 anos, Rodrigues venceu este ano a Volta ao Alentejo e arrancou a temporada com um nono lugar na Volta ao Algarve, a prova portuguesa mais bem cotada pela União Ciclista Internacional, podendo aproveitar para se afirmar no pelotão nacional e ‘mostrar-se’ ao estrangeiro.
Por seu lado, Veloso andou de amarelo no Troféu Joaquim Agostinho, acabando em quinto, posição na qual Edgar Pinto acabou a Volta à Turquia, do escalão WorldTour.
O ‘rival’ Sporting-Tavira terá vários nomes de peso como possíveis candidatos, a começar pelo ‘veterano’ italiano Rinaldo Nocentini e o espanhol Alejandro Marque, vencedor em 2013, além de dois ‘regressados’.
Tiago Machado, de volta a Portugal após quase uma década no WorldTour, e o novo campeão nacional de fundo, José Mendes, são outras armas para a direção de Vidal Fitas disputar a vitória final.
Na Efapel, a última equipa a vencer a prova antes do domínio da equipa de Sobrado, o regresso de Jóni Brandão, segundo em 2018, dá alento a uma equipa que conta ainda com dois ‘veteranos’, Sérgio Paulinho e Henrique Casimiro.
Vencedor de seis etapas na prova e um dos nomes que se têm mostrado na prova nos últimos quatro anos, o espanhol Vicente García de Mateus é o foco único para a Aviludo-Louletano tentar a vitória final, depois de dois terceiros lugares, em 2017 e 2018.
A Rádio Popular Boavista terá em João Benta uma esperança, enquanto a Vito-Feirense aposta no espanhol Jesús Del Pino, além de João Matias e Óscar Pelegri para os ‘sprints’, no regresso de Micael Isidoro a Portugal, pela angolana Bai Sicasal Petro de Luanda.
Outros candidatos passam, sobretudo, pelas equipas internacionais, incluindo o experiente Óscar Sevilla (Medellín), segundo classificado na Volta a Espanha em 2001, ou Brice Feillu (Arkéa-Samsic), que já foi sexto na Volta em 2012.
A Caja Rural traz o português Domingos Gonçalves como um dos nomes fortes, enquanto a Israel Cycling Academy aposta no sueco de origem eritreia Awet Ademeskel.
Na Euskadi Murias, uma das duas Euskadi em prova, esta de escalão Profissional Continental, o nome grande é Mário González, que correu três anos pelo Sporting.
A 81.ª edição da Volta a Portugal arranca na quarta-feira com um prólogo em Viseu, terminando no dia 11 de agosto no Porto, após um contrarrelógio individual iniciado em Vila Nova de Gaia.
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