“No âmbito do acordo que a Airbnb celebrou com a Câmara Municipal de Lisboa, relativamente à coleta da taxa turística de um euro por noite na capital portuguesa, desde maio de 2016 até ao final do ano, a plataforma entregou 1,74 milhões de euros à autarquia”, lê-se no comunicado hoje divulgado.

A Taxa Municipal Turística de Lisboa começou a ser aplicada a 1 de janeiro de 2016 sobre as dormidas de turistas nas unidades hoteleiras e de alojamento local, sendo cobrado um euro por noite até ao máximo de sete euros.

De acordo com informação enviada à Lusa, no ano passado, o primeiro de aplicação da taxa, a autarquia arrecadou cerca de 13,5 milhões de euros.

Desse valor, nove milhões dizem respeito a empreendimentos turísticos, 2,8 milhões de euros ao alojamento local e o restante ao valor do acordo feito com a Airbnb.

Desde 1 de maio (data da entrada em vigor do acordo) que a Airbnb, plataforma ‘online’ para aluguer de quartos e casas por curtos períodos de tempo, faz a coleta da taxa turística, paga por quem se aloja em Lisboa, e envia trimestralmente a receita ao município.

O valor arrecadado com a taxa reverte para o Fundo de Desenvolvimento Turístico de Lisboa, criado para financiar investimentos na cidade, como a requalificação do Palácio Nacional da Ajuda ou a criação do Museu Judaico de Lisboa, em Alfama.

No comunicado, a plataforma indica que “a capital portuguesa continua a ser a cidade que recebe mais hóspedes Airbnb, com um total de 718 mil viajantes no ano de 2016, representando um crescimento de 66% face ao ano transato”.

Em média, estes hóspedes passaram 4,1 noites em Lisboa.

No que toca ao Porto, o número de hóspedes teve um acréscimo de 92% no ano passado, atingindo um total de 293 mil viajantes que utilizaram os alojamentos disponíveis na Airbnb.

Em média, permaneceram 3,4 noites na cidade, onde existem 5.000 anfitriões ativos.

A nível nacional, os anfitriões portugueses receberam, em 2016, “um número recorde de 1.650.000 de hóspedes” vindos de todo o mundo, o que equivale a um crescimento de 84% face a 2015.

Fazendo uma caracterização destes anfitriões, a empresa aponta que têm, em média, 42 anos e obtêm um rendimento extra de 3.350 euros por ano com o aluguer do seu espaço, que está ocupado, em média, 39 noites por ano.

Quanto ao tempo de permanência no país, a estadia média dos hóspedes foi de 4,3 noites.

Também “o número de portugueses que utilizaram a plataforma para se alojarem nas suas viagens registou um crescimento exponencial, de 120%, com 264 mil portugueses a recorrerem à Airbnb para se hospedarem em todo o mundo”, observa a plataforma.

Em Lisboa, verificou-se um total de 77 mil utilizadores, enquanto no Porto o número rondou os 28 mil utilizadores.

Citado pela nota, o responsável pela Airbnb no país, Ricardo Macieira, salienta que a plataforma “continua a crescer (…) e representa, claramente, um novo motor económico que está a ajudar a crescer e a diversificar o turismo em Portugal”.