“São duas instituições independentes e que, fruto do bom entendimento entre as duas, vão começar a definir e a partilhar cursos, a alinhar as estratégias. No fundo, vamos atuar de forma sinérgica”, adiantou João Cotta.

O empresário explicou que se houver “excesso de trabalho” a AIRV vai “buscar recursos a Mangualde e vice-versa” para que as duas associações deixem de se “olhar como duas entidades independentes e separadas, e comecem a ver as sinergias que possa haver” para a região, admitiu.

João Cotta lembrou que a AIRV tem o Conselho Empresarial da Região de Viseu (CERV), mas que este é um “organismo mais de representação do que outra coisa, porque é a cúpula associativa”, enquanto este acordo faz com que “as duas associações trabalhem em conjunto”.

Com esse propósito, o diretor geral da Associação Empresarial de Mangualde, Paulo Sousa, fica também diretor geral da Associação Empresarial da Região de Viseu, para “partilhar recursos e definir uma estratégia comum”.

“Para captura de investimento e tudo o que está no âmbito do trabalho das associações, serviço aos associados, programas de formação, tudo aquilo que seja do interesse do território”, especificou.

O dirigente associativo admitiu que a AIRV “está num momento de mudança, de lideranças executivas, e procurando mudar o seu modelo de negócio que era muito orientado, e vai continuar a ser, para programas e candidaturas” aos fundos europeus.

“No entanto, queremos que comece a prestar outro tipo de serviços às associações e que comece a estar mais presente e a visitar mais empresas. Daí esta reestruturação, para estarmos mais no terreno e não estarmos tão dependentes de apoios comunitários de apoio às empresas, mas termos receitas próprias geradas pelos nossos serviços”, admitiu João Cotta.

A AIRV foi criada em outubro de 1982 com o intuito de unir as empresas da região que, na altura, “estavam filiadas em pequenas associações ou a um órgão nacional, sem qualquer representatividade regional”.

A AEM surgiu em 2000 e, apesar de ter sede em Mangualde, a sua área de intervenção chega aos concelhos limítrofes como Penalva do Castelo e Nelas, municípios igualmente do distrito de Viseu.