O índice mensal dos gestores de compras da China (PMI, na sigla em inglês), divulgado pelo Gabinete Nacional de Estatísticas, fixou-se nos 51 pontos, depois de se ter fixado nos 51,1 pontos, em julho.
O número é 0,1 pontos inferior ao alcançado no mês anterior e um pouco menor do que o esperado pelos analistas, que previam 51,2 pontos para agosto.
Neste índice, uma leitura acima dos 50 pontos indica crescimento da atividade do setor, enquanto uma leitura abaixo indica contração.
Os dados confirmam a recuperação do setor, depois de forte quebra em fevereiro, quando o PMI registou 35,7 pontos, devido às medidas adotadas para travar a propagação do novo coronavírus, e que incluiu o encerramento de fábricas e estabelecimentos comerciais e restrições na movimentação de centenas de milhões de pessoas.
O país onde a pandemia do novo coronavírus começou, em dezembro passado, foi também o primeiro a repor a normalidade, a partir de março, depois de o Partido Comunista Chinês ter declarado vitória sobre a doença.
Nos subíndices por dimensão da empresa, as empresas grandes permaneceram como em julho, com 52 pontos, enquanto as médias aumentaram 0,4 pontos para 51,6 e as pequenas caíram 0,9 pontos, para 47,7.
Três dos cinco subíndices que compõem o PMI manufatureiro saltaram acima da barreira dos 50 pontos: o índice de produção, com 53,5 pontos; o de novas encomendas, com 52; e o do prazo de entrega utilizado pelos fornecedores, com 50,4.
No entanto, o subíndice de emprego, apesar de somar 0,1 pontos, manteve-se em 49,4, e o das provisões para matérias-primas nos 47,3 pontos.
Nos negócios não relacionados com a indústria, o índice fixou-se nos 55,2 pontos.
O setor dos serviços, que representa mais de metade do PIB (Produto Interno Bruto) do país, fixou-se nos 54,3 pontos, em agosto, depois de ter alcançado os 53,1 pontos, em julho.
O índice de produção abrangente do PMI, que combina as indústrias manufatureiras e não manufatureiras, fixou-se nos 54,5, em agosto.
O estatístico GNE Zhao Qinghe disse em comunicado que “a procura continua a recuperar e o ciclo de oferta e procura está a melhorar gradualmente”.
No entanto, observou que “algumas (pequenas) empresas no centro do país, incluindo no município de Chongqing e na província de Sichuan, e em outros lugares, relataram que, devido ao impacto de fortes chuvas e inundações, o fornecimento de matérias-primas atrasou-se e as encomendas e a produção caíram”.
Segundo analistas da consultora britânica Capital Economics, os dados de agosto mostram “um setor de serviços mais forte, que compensou a pequena perda de ímpeto nos setores manufatureiro e da construção”.
“Uma recuperação liderada pelo investimento vai acabar por incentivar o consumo e os gastos das famílias, colocando assim a recuperação económica no caminho certo”, lê-se na mesma nota.
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