“Estas mudanças no encaminhamento de dados afetaram a nossa rede em múltiplas setores e excederam os níveis de segurança preestabelecidos nos principais” servidores, explicou a Optus.
De acordo com um comunicado, os servidores desligaram-se automaticamente da rede principal da operadora “para se protegerem” e, em alguns casos, tiveram de ser reinicializados ou ligados de novo à rede de forma manual.
A segunda maior empresa de telecomunicações da Austrália garantiu que já fez alterações na rede para evitar problemas semelhantes no futuro.
A Optus enfrenta uma série de investigações por parte do governo australiano, o parlamento e a Autoridade Australiana de Comunicações e Media, o órgão governamental que regula o setor das telecomunicações.
O apagão de quarta-feira, considerado o maior da história da empresa, afetou mais de 10 milhões de pessoas durante cerca de 12 horas, o que representa mais de 38,4% da população da Austrália.
O incidente afetou também cerca de 400 mil empresas e serviços governamentais, que se viram impossibilitados de fazer ou receber chamadas, enviar mensagens de texto, aceder à Internet ou realizar transações e pagamentos bancários.
Dezenas de hospitais não conseguiam receber chamadas telefónicas e os telefones fixos da rede Optus não conseguiam contactar os serviços de emergência.
A hora de ponta foi caótica na cidade de Melbourne depois de uma “falha de comunicações” ter interrompido os serviços ferroviários.
A Optus anunciou hoje que vai oferecer pelo menos 200 gigabytes de dados móveis adicionais aos clientes afetados, entre outros benefícios.
Há pouco mais de um ano, mais de nove milhões de clientes da operadora australiana viram os dados pessoais roubados num ataque informático.
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