“Vou repetir o que já dissemos. Não hesitaremos em aumentar as taxas de juro para cumprir a meta de inflação. E, tal como estão as coisas hoje, o meu palpite é que as pressões inflacionistas exigirão uma resposta mais forte do que talvez o esperado em agosto”, afirmou Bailey, num evento em Washington.
Estas declarações acontecem um dia depos de Liz Truss ter anunciado a demissão do ministro da Economia e a sua intenção de recuar em muitas das medidas do seu plano económico.
O até agora ministro da Economia britânico, Kwasi Kwarteng, aceitou a sua destituição, no meio de uma crescente pressão sobre o Governo pelo anúncio, em 23 de setembro, de um polémico plano fiscal, com enormes cortes de impostos.
Em 31 de outubro, o novo ministro da Economia, Jeremy Hunt, deverá apresentar um novo plano fiscal.
O comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra, explicou hoje Andrew Bailey, “responderá a todas estas notícias na sua próxima reunião dentro de pouco menos de três semanas”, quando já será conhecido “o alcance completo da política fiscal”.
Bailey participou hoje no seminário internacional bancário do G30, que se realizou paralelamente às reuniões anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, que tiveram lugar esta semana em Washington.
Em agosto último, o Banco de Inglaterra decidiu as taxas de juro de 1,25% para 1,75%, o nível mais alto desde dezembro de 2008, e em setembro decidiu subir mais 50 pontos base para 2,25%.
Comentários