Ao apresentar o relatório trimestral, o Banco de Inglaterra (Bank of England, BoE) revelou que a economia nacional continuará a ser “lenta” ao rever em baixa as estimativas de crescimento para 1,7% para 2017, contra 1,9% previsto em maio.
Também reviu em baixa para 1,6% a estimativa de crescimento para 2018, contra a anterior previsão de 1,7%.
Os analistas já tinham antecipado que o BoE iria hoje manter as taxas de juro apesar de três dos oito membros da Comissão de Política Monetária (CMP) terem defendido uma subida das mesmas para 0,5% em junho.
Na última reunião, em contrapartida, a votação saldou-se por uma maioria de 6-2 a favor da manutenção das taxas de juro.
“Nas previsões centrais da CMP, o Produto Interno Bruto (PIB) continua lento a curto prazo porque a pressão sobre os rendimentos reais das famílias continua apesar de maneira negativa sobre o consumo”, sublinha o documento hoje divulgado.
O BoE também alertou para a necessidade nos próximos meses de subir as taxas de juro e indicou que os custos do endividamento poderiam ter que ser aumentados mais do que o esperado pelos mercados financeiros.
Neste sentido, o relatório reitera que será necessário adotar “alguma restrição de política monetária” face à inflação, mas assegura ao mesmo tempo que qualquer subida das taxas será feita de “maneira gradual” e “limitada”.
Antes de ser conhecida em junho a taxa de inflação, que se situou em 2,6%, especulou-se que o BoE subiria as taxas de juro.
A agência nacional de estatística britânica comunicou na altura que a taxa de inflação homóloga tinha desacelerado para 2,6% em junho, contra 2,9% em maio, na primeira descida desde outubro de 2016.
Mas, apesar desta descida, a inflação britânica está acima de 2%, a percentagem que o BoE tem como objetivo para o Reino Unido.
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