Em comunicado, o BCE indicou que decidiu ainda “oferecer aos bancos datas adicionais de reembolso antecipado voluntário”.

Nos últimos anos, o BCE concedeu empréstimos aos bancos com prazo alargado e juros muito baixos, às vezes até negativos, para os incitar a conceder crédito, uma situação que agora vai mudar com a subida das taxas de juro.

“Durante a fase crítica da pandemia, este instrumento foi crucial para contrariar os riscos em sentido descendente para a estabilidade de preços. Atualmente, devido à subida inesperada e extraordinária da inflação, este instrumento necessita de ser recalibrado para assegurar a sua compatibilidade com o processo mais geral de normalização da política monetária e reforçar a transmissão dos aumentos das taxas diretoras às condições de financiamento bancário”, explicou a instituição liderada por Christine Lagarde.

O comunicado do BCE referiu ainda que “no sentido de alinhar mais estreitamente a remuneração das reservas mínimas obrigatórias detidas pelas instituições de crédito junto do Eurosistema com as condições no mercado monetário, o Conselho do BCE decidiu que as reservas mínimas serão remuneradas à taxa de juro da facilidade permanente de depósito do BCE”.

O Conselho de Governadores do BCE também indicou que prevê reinvestir na totalidade durante “um período prolongado” os pagamentos de capital dos títulos adquiridos no âmbito do programa de compra de ativos (asset purchase programme — APP) que entretanto vençam e vai igualmente reinvestir o capital dos títulos adquiridos com o programa de emergência pandémica (PEPP) até ao final de 2024.