Numa pergunta dirigida ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, o deputado do BE Pedro Filipe Soares refere-se ao primeiro relatório semanal de monitorização dos preços dos combustíveis da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

“A conclusão é que os preços de venda ao público em Portugal apresentaram alguns desvios na semana passada face ao que a ERSE considera de "preço eficiente". A gasolina esteve abaixo desse preço, mas o gasóleo - o combustível mais vendido no país - esteve acima desse preço”, sintetiza.

E assim, e tendo em conta estes dados, os bloquistas pretendem que o Governo esclareça se “pode concluir que a redução do ISP foi integralmente refletida nos preços da venda ao público de combustíveis”.

“Face ao preço abusivo do gasóleo, o combustível mais vendido no país, que medidas vai o governo tomar para garantir que o seu preço não é cobrado acima do preço considerado eficiente pela ERSE”, perguntam ainda.

O BE quer também que o ministério enuncie que “outras medidas de fiscalização dos preços o governo vai implementar para garantir a monitorização da situação e da devolução integral do valor da redução do valor do ISP”.

A média dos preços nas gasolineiras, para a semana corrente, ficou 2,2 cêntimos por litro abaixo do preço médio semanal determinado pelo regulador, no caso da gasolina, e 0,5 cêntimos acima no caso do gasóleo.

De acordo com o Relatório Semanal de Supervisão dos Preços de Venda ao Público para a semana de 30 de maio a 05 de junho, publicado na segunda-feira pela ERSE, “relativamente à semana anterior, verificou-se que a média dos preços de venda ao público anunciados nos pórticos, e reportada no Balcão Único da Energia, esteve 2,2 cent/l [cêntimos/litro] abaixo do preço eficiente no caso da gasolina 95 simples e 0,5 cent/l acima no caso do gasóleo simples”.

Já em termos percentuais, a gasolina 95 simples foi anunciada nos pórticos 1% abaixo do preço eficiente e o gasóleo simples 0,3% acima.