“Como esta [intervenção] é mais simples, é essencialmente a pavimentação e a drenagem, permite-nos iniciar a obra mais cedo”, disse à agência Lusa o vereador Manuel Salgado, aludindo à abertura de um concurso para reabilitar o troço entre a Avenida de Berlim e Nó do Regimento de Artilharia de Lisboa (RALIS), na Portela, com uma extensão de perto de um quilómetro.

Garantindo que a Câmara sempre previu um concurso diferente do da empreitada geral, o autarca esclareceu que o objetivo é “ganhar tempo”.

“Já tínhamos posto isto como uma solução”, apontou, insistindo que nesta zona “o separador [central] já existe”, o que torna a intervenção “mais simples aqui do que é no resto”.

Manuel Salgado estimou ainda que “quando esta tiver pronta, começa a outra”.

Em resposta escrita enviada à Lusa, o município corrobora que, desta forma, se “diminui o tempo de intervenção, a sobreposição de trabalhos e os incómodos para os utentes”.

Na semana passada, foi publicado em Diário da República a abertura de um concurso público para “Reabilitação da Segunda Circular – troço entre a Avenida de Berlim e Nó do RALIS”, que termina no final deste mês.

Por ter um valor de 745,6 mil euros, não necessitou do aval do executivo municipal.

O prazo previsto para a empreitada é de 90 dias.

Na reunião camarária privada de hoje, a liderança da Câmara de Lisboa adiou, para a próxima semana, a apreciação da nova proposta de requalificação da Segunda Circular, o que não evitou, contudo, as críticas do CDS-PP e do PSD, que veem o documento como “minimalista” por não conter parte das medidas anunciadas.

Esta era a segunda vez que a proposta da maioria PS para a Segunda Circular – que visa aumentar a segurança rodoviária, a fluidez do trânsito e a qualidade ambiental – estava agendada para debate, já que, em dezembro passado, a versão inicial também foi retirada para ouvir a população.

Entretanto, houve modificações como a substituição da espécie das árvores a serem plantadas (de lódãos por freixos), a diminuição do número de árvores previstas (de 8.000 para 1.600), o alargamento do separador central para a extensão mínima, a aplicação de um sistema de retenção de veículos, a introdução de guardas de segurança e a criação de zonas de transição nos acessos da A1 (Autoestrada do Norte) e IC19 (Itinerário Complementar) à Segunda Circular.

Para isso, terá de ser aberto um outro concurso público de quase 13 milhões de euros (incluindo o Imposto sobre o Valor Acrescentado), investimento que, na proposta inicial, rondava os 10 milhões.

Manuel Salgado afirmou hoje crer que “a obra não vai ficar em 13 milhões, vai por aí abaixo”, devido à concorrência no concurso público.

Também o prazo da obra – que deve ter início em junho – passou de dez para oito meses.

Continua a prever-se a reformulação de nós de acesso, a redução da velocidade de 80 para 60 quilómetros/hora, a diminuição da largura da via, a montagem de barreiras acústicas, a reabilitação da drenagem e do piso e a renovação da sinalética e iluminação.

A notícia do lançamento deste concurso foi avançada pelo jornal ‘online’ Observador.

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