“Foram apresentadas 1.663 candidaturas referentes a projetos desenvolvidos durante o ano fiscal de 2018, mais 17,5% que as apresentadas no ano fiscal anterior”, indicou, em comunicado, a Agência Nacional de Inovação (ANI).

No total, as empresas declararam cerca de 817 milhões de euros de investimentos em investigação e desenvolvimento (I&D), o equivalente a um crescimento de 19%, face aos 686 milhões de euros declarados no ano fiscal de 2017.

“Estes números referentes a 2018 demonstram que Portugal tem vindo a fazer um bom caminho rumo ao objetivo de se posicionar no grupo de países fortemente inovadores da União Europeia até ao princípio da próxima década”, afirmou, citado no mesmo documento, o presidente do Conselho de Administração da ANI, Eduardo Maldonado.

De acordo com o responsável, “o crédito fiscal concedido referente a 2016 e 2017 ronda os 200 milhões de euros ano, sendo a taxa de aceitação do crédito fiscal da ordem dos 85% do valor solicitado”.

Nos últimos 10 anos, os incentivos fiscais à investigação e desenvolvimento empresarial fixaram-se em 1.763 milhões de euros, “registando um crescimento sustentado ao longo da década (4,6% ao ano, em média), ainda mais acentuado no período dos últimos cinco anos (9,9% ao ano, em média) ”.

Neste período, a ANI apurou mais de 3.950 milhões de euros de investimento em I&D, no âmbito das candidaturas ao SIFIDE.

Em 2017, a ANI aprovou 224,2 milhões de euros de crédito fiscal, mais 6,6% que em 2016, sendo os setores mais representativos ao nível do incentivo fiscal concedido as tecnologias de informação e o setor farmacêutico.

Por outro lado, verifica-se que as empresas mais antigas são também as mais beneficiadas.

Desde 2008, 572 milhões de euros de crédito fiscal foram concedidos a empresas com mais de 30 anos, 344 milhões de euros a entidades com entre 20 a 30 anos e 477 milhões de euros a empresas com entre 10 a 20 anos.

“Cerca de 55,8% do total de crédito fiscal concedido beneficiou as organizações de maior dimensão. Às médias empresas foram concedidos 531 milhões de euros e às pequenas 211 milhões de euros. Às microempresas foi atribuído um crédito fiscal de 37 milhões de euros”, lê-se no documento.

Desde 1997, a Agência Nacional de Inovação (ANI), através do SIFIDE, já atribuiu cerca de 2.156 milhões de euros em benefícios fiscais a 2.908 empresas.