Em resposta à agência Lusa, a secretária-geral da associação, Mariana Vilhena de Matos, enumerou entre as causas para a “quebra muito significativa” no ano passado as más condições climatéricas e ser uma campanha em contra-safra: “a um ano de grande produção segue-se, normalmente, um ano de produção mais baixa”.
“No entanto, apesar desses factos, a quebra surpreendeu-nos um pouco, pois as novas áreas de olival altamente produtivo continuam em expansão, principalmente no Alentejo, e deveriam ter contrabalançado, mesmo que parcialmente, essa quebra, o que parece não ter acontecido”, notou a responsável.
Mariana Vilhena de Matos acrescentou que a marcar o ano passado esteve ainda o “fraco rendimento da azeitona, ou seja, cada litro de azeite teve que ser produzido à custa de mais quilos de azeitona”.
Há cinco dias, o Instituto Nacional de Estatística informou que a produção de azeite desceu 36,4% na campanha de 2016, recordando que a primavera chuvosa afetou os olivais, “originando uma carga de azeitona inferior à esperada”, sobretudo nas variedades mais tradicionais.
Para este ano, a Casa do Azeite espera um “significativo aumento da produção nacional, certamente para valores acima das 100 mil toneladas de azeite”, no âmbito das “favoráveis condições climatéricas, que permitiram uma excelente floração e vingamento dos frutos”.
Como fatores positivos estão também o facto de ser um ano de safra (maior produção) e de entrada em produção de novas áreas recentemente plantadas.
“Leva-nos a prever um significativo aumento da produção nacional, certamente para valores acima das 100.000 toneladas de azeite”, concluiu.
Desde 1976 que a Casa do Azeite tem por missão o apoio aos produtores e embaladores e a promoção de azeite de marca.
Comentários