Falando na apresentação do Boletim Económico de junho, que revê em alta as projeções para a economia portuguesa até 2023, Mário Centeno sublinhou a assimetria desta crise, acentuando que a generalidade dos setores económicos chegará ao final de 2021 acima dos níveis que registavam em 2019.

Neste contexto, precisou, “o apoio deve ser focado, temporário, para permitir que as empresas continuem a tomar decisões”, nomeadamente de reforço da sua capitalização, competindo ao Estado “garantir que há um mecanismo de transição para as empresas em setores que ainda estejam deprimidos”.

Mário Centeno reforçou a mensagem de que este esforço não pode apenas ser pedido ao Estado e insistiu na ideia da temporalidade dos apoios porque, referiu “apoios do Estado que perduram no tempo, levam a perdas para o Estado que perduram no tempo”.

Para Mário Centeno é condição quase essencial para o sucesso que as medidas de apoio sejam simples, tendo em conta que se destinam sobretudo a empresas de reduzida dimensão.