Tim Clark anunciou que já cortou um décimo do pessoal da companhia aérea, ou seja, 6.000, de um total de 54.000 trabalhadores, aos quais se aplicarão cortes.
“Provavelmente teremos que cortar mais alguns [empregos], provavelmente até uns 15%”, disse o presidente, em declarações à BBC.
Antes do início da pandemia da covid-19, a companhia aérea contava com 60.000 funcionários e, em 31 de maio, anunciou despedimentos, apesar de não especificar quantos seriam.
Até ao momento, a Emirates era a única operadora a manter a sua equipa completa, enquanto as outras operadoras do Golfo Pérsico anunciavam planos de ajustamento.
A Etihad, com sede em Abu Dhabi, e a Qatar Airways, com sede em Doha, começaram a despedir depois de os países mais afetados pela pandemia fecharem o seu espaço aéreo, à medida que o novo coronavírus se propagava.
Segundo Tim Clark, a Emirates, propriedade de um fundo soberano do Dubai, “não estava tão mal como as outras” companhias aéreas e “estava a caminho de conseguir fazer um dos seus melhores anos” antes da pandemia.
A diminuição da procura afeta todas as empresas do setor, que anunciaram cortes nas suas equipas, o que levou o Reino Unido a isentar, até 76 países, de terem de cumprir uma quarentena de 14 dias ao entrar no país.
Desde sexta-feira que os viajantes procedentes de Espanha, França, Alemanha e Itália, entre outros, não precisarão de quarentena. Uma tentativa de o Governo britânico impulsionar a economia nacional, mais concretamente o setor turístico, seriamente afetado pela pandemia.
No entanto, os viajantes que chegam da Espanha terão de fazer quarentena na Escócia, que limitou a lista de países isentos a 57.
Portugal foi excluído da lista dos países isentos de quarentena devido a um aumento recente do número de casos de infeção com covid-19, sobretudo na área de Lisboa.
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