10 de outubro de 1999
O PS voltou a vencer, com 44% dos votos, e António Guterres manteve-se como primeiro ministro.
A confiança dos consumidores mantinha-se sem grandes oscilações desde o início da série, em novembro de 1997, melhorou nos três meses antes das eleições e no próprio mês e depois piorou nos meses seguintes.
Após as eleições de outubro de 1999, o indicador iniciou uma tendência de queda até dezembro de 2001, começando depois a melhorar até às eleições de 17 de março de 2002, e registando depois uma nova tendência de quebra.
17 de março de 2002
Há uma mudança de “cor” do Governo, com a vitória do PSD com 40% dos votos, e Durão Barroso passou a ser primeiro ministro, sucedendo-lhe depois Santana Lopes, entre julho de 2004 e março de 2005, quando Durão Barroso aceitou o convite para exercer o cargo de presidente da Comissão Europeia.
A confiança dos consumidores melhorou nos dois meses antes das eleições, no próprio mês e no mês seguinte.
Depois, o indicador piorou nos meses seguintes, atingindo um mínimo em abril de 2003 (-24,8 pontos), após o qual iniciou uma recuperação.
20 de fevereiro de 2005
O executivo volta a mudar de 'mãos' com a vitória do PS, com a maioria absoluta de José Sócrates, que se tornou assim primeiro-ministro.
O indicador da confiança dos consumidores melhorou no mês antes das eleições, no próprio mês e nos três meses seguintes às eleições, iniciando depois uma descida.
Desde o mínimo registado em abril de 2003 (-24,8 pontos), o indicador vinha em recuperação, atingindo um primeiro pico em setembro de 2004 (-13,8) e depois em maio de 2005 (-13,3), no pós-eleições de fevereiro.
Depois, verificou-se uma tendência de agravamento da confiança dos consumidores (com algumas oscilações), que culminou no mínimo de março de 2009 (-32,2 pontos).
27 de setembro de 2009
O PS voltou a vencer, com 36,55% dos votos, e José Sócrates manteve-se como primeiro-ministro.
A confiança dos consumidores melhorou nos cinco meses antes das eleições, no mês das eleições e no mês seguinte e depois piorou nos meses seguintes, iniciando uma tendência de agravamento.
Desde o mínimo de março de 2009 (-32,2 pontos), a confiança dos consumidores foi recuperando até ao pico de outubro de 2009 (-13,2 pontos), no mês seguinte às eleições de setembro.
Depois disso, o indicador começou a descer (com algumas oscilações) até ao mínimo histórico de -46,8 pontos, em dezembro de 2012.
5 de junho de 2011
Depois do pedido de demissão de José Sócrates e das eleições antecipadas, o PSD venceu com 38,65% dos votos e Passos Coelho tomou posse como primeiro-ministro.
Portugal estava sob assistência financeira internacional, após o pedido de ajuda em abril daquele ano.
Ao contrário do que aconteceu noutros atos eleitorais, a confiança dos consumidores piorou nos dois meses imediatamente antes das eleições e no próprio mês, e depois melhorou nos dois meses seguintes ao sufrágio, voltando seguidamente a agravar-se.
O indicador desceu desde o pico de outubro de 2009 (-13,2 pontos), passando pelos -37,2 pontos no mês das eleições de 05 de junho de 2011, e continuou a cair até ao mínimo de dezembro de 2012 (-46,8).
Portugal pediu assistência financeira em 06 de abril de 2011, com José Sócrates como primeiro-ministro. Um mês depois, em 05 de maio, a ‘troika’, constituída por elementos da Comissão Europeia, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, apresentou o programa de assistência financeira a Portugal, no valor de 78 mil milhões de euros.
4 de outubro de 2015
Vitória da coligação do PSD com CDS-PP, com 36,86% dos votos. Contudo, o programa de Governo acabou por ser chumbado no parlamento, levando à queda do executivo.
O Governo minoritário liderado por António Costa acabou por tomar posse, 53 dias depois das eleições de 04 de outubro, apoiado parlamentarmente por todos os partidos de esquerda, sucedendo assim ao executivo de coligação PSD/CDS-PP, que esteve apenas 28 dias em funções.
O indicador da confiança dos consumidores melhorou nos dois meses antes das eleições e no próprio mês, e depois piorou nos dois meses imediatamente a seguir ao sufrágio.
Verificou-se uma grande tendência de subida acentuada antes das eleições, com Passos Coelho como primeiro-ministro, desde o ponto mínimo da série do INE, de -46,8 pontos, em dezembro de 2012, e até às eleições de 04 de outubro de 2015, das quais a coligação do PSD com CDS-PP sai vencedora.
Em novembro de 2015, António Costa toma posse como primeiro-ministro, a confiança dos consumidores desce nesse mês e no seguinte, mas depois começa a subir até ao nível mais elevado em 18 anos, que foi atingido em agosto e setembro de 2017 (-3,2 pontos).
Mais recentemente, registou-se um período de ligeiro agravamento da confiança dos consumidores, entre novembro de 2017 e março deste ano.
Desde então, a confiança dos consumidores tem vindo a melhorar e os últimos dados do INE, divulgados em 29 de agosto, mostraram que o indicador subiu pelo quinto mês consecutivo em agosto, confirmando a tendência verificada em vésperas de eleições.
As eleições para a Assembleia da República estão marcadas para 06 de outubro.
O INE divulga os dados sobre a evolução da confiança dos consumidores em setembro na sexta-feira.
Sobre o indicador de confiança dos consumidores
São inquiridos mensalmente 2.760 agregados familiares, de acordo com o documento metodológico do inquérito qualitativo de conjuntura aos consumidores do INE.
Este indicador resulta da média das respostas a um conjunto de quatro perguntas que o INE faz a uma amostra de agregados familiares, nomeadamente sobre qual a situação financeira do respetivo lar (agregado familiar) nos últimos 12 meses, qual a situação financeira do lar (agregado familiar) nos próximos 12 meses, qual a situação económica geral do país nos próximos 12 meses e se o agregado espera gastar mais ou menos dinheiro em compras importantes (como mobiliário, eletrodomésticos, computadores ou outros bens duradouros) no próximo ano.
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