“As análises realizadas apontam para uma acentuada sensibilidade do rácio da dívida a choques na taxa de crescimento do PIB e no valor do saldo primário”, refere a instituição liderada por Teodora Cardoso no relatório “Riscos orçamentais e sustentabilidade das finanças públicas”.

Assim, variações reais positivas de um ponto percentual e negativas em um ponto percentual no crescimento do PIB implicam que a dívida se situe entre 71,6% e 122%, respetivamente, no final dos 15 anos de projeção.

O CFP tem como ponto de partida as suas projeções de médio prazo num cenário de políticas invariantes divulgadas em março onde estimou que o rácio da dívida pública desça de 125,6% em 2017 para 123% em 2018, para 119,4% em 2019, para 116,4% em 2020, para 109,9% para 2021 e para 106% em 2022.

Segundo o documento, que dá início a uma nova série de publicações a atualizar de dois em dois anos, a economia portuguesa alcançou nos últimos anos resultados macroeconómicos e orçamentais melhores do que os inicialmente projetados pelas instituições nacionais e internacionais.