“Pela primeira vez depois da adesão ao euro, nos últimos nove meses, crescemos acima da União Europeia”, assinalou o governante para quem o país não pode “aceitar que estes nove meses tenham sido uma exceção”.

Para tal, estes nove meses devem servir de “exemplo” e de “princípio de uma década de convergência” com a União Europeia.

O primeiro-ministro falava em Gaia, durante a cerimónia de assinatura de contratos de aquisição de 188 autocarros elétricos e a gás pela STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto).

“E temos a oportunidade para o conseguirmos fazer, porque temos o saber, a capacidade de inovação, de produção e exportação que, ao longo destes anos, as universidades e os politécnicos, as nossas empresas, o nosso setor público foi criando, para podermos fazer destes nove meses não uma exceção, mas o princípio de uma década de convergência”, destacou.

Para António Costa, é agora “fundamental” que o trabalho de discussão do Portugal pós 2020 “seja agora alargado” ao Conselho Económico Social, à indústria, às universidades, aos politécnicos, aos novos eleitos autárquicos após as próximas eleições.

“Não é cedo, é no tempo certo para que tudo esteja pronto no dia 01 de janeiro de 2021. Para podermos começar a utilizar o próximo ciclo de fundos comunitários, e não desperdiçarmos tempo, como esta vez desperdiçámos, na transição de um quadro para outro, nós temos de nos começar a preparar já”, frisou.

O primeiro-ministro considera que sendo a negociação de fundos comunitários um processo “exigente”, tanto mais “quando um dos principais financiadores da União está de saída”, isso implica ter de “apressar o trabalho de casa”.

“E é por isso que é absolutamente essencial que a partir do dia 01 de outubro, com a legitimidade renovada pelas eleições autárquicas, os próximos autarcas sejam parceiros fundamentais no desenho do Portugal pós 2020, desde logo participando na escolha dos responsáveis pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional, de forma a que o próximo quadro comunitário de apoio não seja um quadro desenhado centralmente em Lisboa, não seja um quadro desenhado tecnocraticamente nos gabinetes, mas, pelo contrário, corresponda efetivamente a um grande pacto nacional”, sublinhou.

O primeiro-ministro falava em Gaia, durante a cerimónia de assinatura de contratos de aquisição de 188 autocarros elétricos e a gás pela STCP (Sociedade de Transportes Coletivos do Porto), um investimento de cerca de 92 milhões de euros financiados por fundos comunitários do Portugal 2020.

[Notícia atualizada às 18:51]