“Nós não competimos em otimismo, porque, além do mais, ele seria imbatível. O trabalho do Governo não são previsões, o trabalho do Governo é resultados”, afirmou António Costa.
O líder do executivo respondia aos jornalistas, em Lousada, em relação crescimento da economia portuguesa, a propósito das declarações de Marcelo Rebelo de Sousa sobre o Produto Interno Bruto (PIB) registado no primeiro trimestre de 2017.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou na quinta-feira que “é uma hipótese que não está afastada” Portugal conseguir este ano um crescimento económico à volta de 3,2% e um défice de 1,4%.
Marcelo Rebelo de Sousa referiu estes números à conversa com deputados croatas, em Zagreb, a propósito da evolução da situação económica e financeira em Portugal, num momento de recolha de imagens, captado e divulgado pela RTP.
O primeiro ministro disse hoje que “a atividade do Governo não é fazer previsões”.
“Nós, quando elaboramos um orçamento, fazemos uma previsão. Procuramos ser muito conservadores nas previsões para não sermos apanhados por nenhuma surpresa. A nossa função é trabalhar para os resultados”, declarou.
Costa reafirmou que o seu executivo está “concentrado para o país continuar a crescer”.
“Temos que fazer as coisas bem feitas, continuar numa trajetória de uma boa consolidação das finanças públicas, não com corte cegos, mas cumprindo todos os compromissos que assumidos e tendo tido o melhor resultado orçamental de sempre”, assinalou.
O chefe do Governo defendeu que os indicadores alcançados no primeiro trimestre “são resultados concretos”.
“Nós temos um crescimento de 2,8, estamos a ter a maior queda do desemprego dos últimos anos, o rendimento das famílias está felizmente a aumentar, o investimento das empresas está a aumentar e isso são resultados, é para isso que o Governo trabalha”, concluiu.
Costa disse ainda que Governo fez a sua parte para atingir "défice mais baixo de sempre" em 2016, e adiantou que espera sem ansiedade que Bruxelas se pronuncie, na segunda-feira, sobre o procedimento de défice excessivo.
António Costa acrescentou que o executivo está a trabalhar para manter a tendência nos próximos anos, continuando a reduzir o défice e cumprindo aquilo com que se tinha comprometido, incluindo o aumento dos rendimentos, "seja por via dos salários, seja por via da diminuição da carga fiscal".
A Comissão Europeia anunciará na próxima segunda-feira a sua decisão relativamente à saída de Portugal do Procedimento por Défice Excessivo (PDE). O chefe do Governo mostrou-se convencido de que Bruxelas recomendará o encerramento do procedimento aplicado ao país desde 2009.
Em declarações aos jornalistas, em Lousada, Costa assinalou que o Governo está a trabalhar para este ano voltar a ter "um défice claramente abaixo dos limites fixados com Bruxelas".
"É o que continuaremos a fazer. Essa é a nossa parte. Os Outros avaliam e tirarão as conclusões", anotou.
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