Quer a quebra de 59,7% verificada em outubro no número de hóspedes, para um milhão, quer a redução de 63,3% das dormidas, para 2,3 milhões, foram ligeiramente mais intensas do que o INE tinha previsto na sua estimativa rápida de 30 de novembro (-59,3% e -63,0%, respetivamente).
Esta evolução representa uma nova aceleração das quebras homólogas da atividade turística, fortemente impactada pela pandemia de covid-19, que em setembro já tinha sofrido recuos de 50,3% nos hóspedes e de 53,4% nas dormidas.
Os proveitos totais registaram uma queda de 67,6%, acentuando a descida de 59,1% já registada em setembro e fixando-se em 126,2 milhões de euros.
Os proveitos por aposento, por sua vez, atingiram 90,7 milhões de euros, diminuindo 68,7% (-59,5% no mês anterior), segundo a informação atualizada de outubro hoje divulgada.
Num mês em que 32,1% dos estabelecimentos de alojamento turístico estiveram encerrados ou sem movimento de hóspedes (contra 25,9% em setembro), o mercado interno (com um peso de 51,1%) contribuiu com 1,2 milhões de dormidas, o que representou um decréscimo homólogo de 21,7% (-8,6% em setembro).
Já as dormidas dos mercados externos diminuíram 76,4% (-71,8% no mês anterior) e atingiram 1,1 milhões.
No conjunto dos primeiros 10 meses do ano, verificou-se uma diminuição de 61,5% das dormidas totais, resultante de variações de -32,4% nos residentes e de -73,8% nos não residentes, sinaliza o INE.
De acordo com o INE, a totalidade dos 16 principais mercados emissores de turistas para Portugal manteve “decréscimos expressivos” em outubro, tendo representado 91,9% das dormidas de não residentes nos estabelecimentos de alojamento turístico neste mês.
As maiores reduções registaram-se nos mercados norte-americano e chinês (-95,7% em ambos), canadiano (-94,9%) e irlandês (-92,6%), enquanto os dos Países Baixos (-44,3%), espanhol (-50,4%) e francês (-58,1%) foram, entre os principais, os que registaram menores decréscimos.
No acumulado desde o início do ano, todos os principais mercados registaram “decréscimos expressivos”, superiores a 60%, com maior enfoque nos mercados irlandês (-89,8%), norte-americano (-86,8%) e chinês (-80,5%).
Em outubro, a estada média nos estabelecimentos de alojamento turístico (2,31 noites) reduziu-se 9,0% (-0,9% em setembro), com a estada média dos residentes a aumentar 3,7% e a dos não residentes a crescer 6,5%.
A taxa líquida de ocupação-cama nos estabelecimentos de alojamento turístico (20,6%) recuou 27,8 pontos percentuais em outubro (-26,9 pontos percentuais em setembro), com as taxas de ocupação mais elevadas a registarem-se na Madeira (30,1%) e no Alentejo (23,2%).
No conjunto dos estabelecimentos de alojamento turístico, o rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 18,0 euros em outubro, o que correspondeu a um decréscimo de 64,2% (-54,2% em setembro), enquanto o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 68,9 euros, uma quebra de 18,2% (-15,4% em setembro).
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