"De acordo com os números de quarta-feira, o conjunto de empresas que requereram o regime de lay-off têm nos seus quadros de cerca de um milhão de pessoas. Mas isso não quer dizer que a totalidade dessas pessoas seja abrangida pelo regime de lay-off", declarou António Costa aos jornalistas no final da reunião com epidemiologistas no Infarmed, em Lisboa.

No entanto, o líder do executivo não transmitiu um número exato sobre o número de portugueses já em regime de lay-off.

"Neste momento, não temos ainda um número concreto" alegou.

Na terça-feira, após uma reunião com economistas, por videoconferência, o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, afirmou esperar "uma quebra da atividade muito acentuada durante este ano" em Portugal, que se deve sobretudo ao presente trimestre.

Mas, a seguir, transmitiu alguns dados que considerou atenuantes em termos de piores expectativas.

"Não sabemos ainda qual é a verdadeira redução da atividade económica. Temos resultados de que cerca de 82% das empresas estão a manter a sua atividade, sabemos que neste momento 66 mil empresas colocaram trabalhadores em lay-off (menos de um quarto da população ativa) e ainda não há um crescimento significativo do desemprego", referiu.

De acordo com o ministro de Estado e da Economia, desconhece-se ainda "qual vai ser o impacto real destes meses, entre março e maio, na contração da atividade económica, mas sabe-se que o impacto vai ser severo".

"O ministro das Finanças [Mário Centeno] referiu que esperava que a queda do Produto Interno Bruto (PIB) não chegasse aos dois dígitos. É isso que também diz o FMI, que aponta para valores na ordem dos 8%, assim como outras instituições. Há muita coisa que ainda é incerta, as coisas podem correr um pouco melhor ou pior, mas sabe-se que vai ser duro", acentuou.

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