A Walt Disney Company, a maior empresa de entretenimento do mundo, mantém encerrados os parques temáticos, com centenas de hotéis, lojas e restaurantes, à exceção de Xangai, que admite um pequeno número de visitantes sob rigorosas medidas sanitárias.
Depois de anunciar a decisão, seguindo as ordens de confinamento de cada país, a empresa garantiu que pagaria os salários aos seus funcionários, afastando a hipótese de despedimentos.
Mas, desde 18 de abril, foram suspensos os salários a 100 mil dos 177 mil trabalhadores dos parques em todo o mundo, concluiu uma investigação do jornal financeiro britânico Financial Times.
Sem avançar com números, a empresa apenas confirmou que deixou de pagar a vários funcionários.
Enquanto a suspensão salarial durar, os funcionários mantêm o seguro de saúde pago na íntegra pela empresa (até 12 meses) e têm acesso a programas gratuitos de formação profissional.
Com a suspensão dos contratos de trabalho, estima-se que a empresa poupe 500 milhões de dólares por mês.
Até ao momento, não dá data prevista para a reabertura dos parques, o que segundo vários analistas poder demorar meses por serem espaços que promovem a concentração de pessoas e dificultam o isolamento social, apesar de a empresa ponderar a hipótese de medir a temperatura aos visitantes.
Em 2019, a Walt Disney arrecadou 69.000 milhões de dólares com os parques (38% da sua faturação) e obteve um lucro de 7.000 milhões de dólares, que este ano deverá cair para zero, segundo os analistas, se os parques não reabrirem até ao final do ano.
Fundada há quase cem anos, a Walt Disney Company detém uma participação a 100% em três dos seus parques (dois nos Estados Unidos da América e um em França), uma participação substancial em outros dois na China continental e Hong Kong e opera num sexto no Japão.
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