Numa entrevista exclusiva à agência de notícias France-Presse (AFP), em Washington, a futura responsável do Banco Central Europeu descreveu a expansão como “bastante medíocre” e pediu aos líderes que trabalhem juntos para tentar resolver as “fragilidades e as incertezas”.
“Quer se trate de relações comerciais, do Brexit, ameaças tecnológicas, estes são problemas criados pelo homem e que podem ser resolvidos pelo homem”, vincou Lagarde, observando que “um pouco de feminilidade não seria prejudicial”.
No final de julho, o FMI tinha reduzido a previsão de crescimento global para 3,2%. Desde então, advertiu que as tensões comerciais podiam desacelerar ainda mais a atividade económica.
Por seu lado, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) previu que o crescimento global em 2019 seja “o mais baixo desde a crise financeira”, depois de ter caído para 2,9% em 2008, e para -0,5% no ano seguinte.
Questionada se poderá fazer mais para convencer os líderes quando assumir o BCE, em novembro, Christine Lagarde assegurou que vai continuar “determinada a garantir” o foco na “criação de emprego, na produtividade e na estabilidade”.
No entanto, sublinhou que as instituições monetárias devem ser “previsíveis e respeitar factos e dados económicos”.
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